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Dietrich Schiel (1940-2012)

Criou a experimentoteca da USP

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Tem a lógica de uma biblioteca, mas não disponibiliza livros para empréstimo. No lugar, a experimentoteca criada pelo professor Dietrich Schiel na USP de São Carlos oferece kits para o ensino da ciência.

Professores, capacitados para o uso do material, podem retirá-los, usá-los em aulas de química ou física, por exemplo, e devolvê-los para a USP, que é a responsável pela manutenção dos objetos.

Dietrich teve a ideia de montar o projeto há cerca de três décadas, após constatar que muitos professores não conseguiam dar aulas por falta de recursos. E ele, educador por vocação, como conta a mulher, acreditava que todos deveriam ter acesso ao conhecimento, independente dos meios para alcançá-lo.

Ao longo de 23 anos, comandou o CDCC (Centro de Divulgação Científica e Cultural) da USP, que começou para ajudar alunos a desenvolver pequenos projetos, mas acabou crescendo.

Nascido na Alemanha durante a guerra, passou um tempo refugiado nas montanhas com a família. Mudou-se para Paris e depois para o Brasil, por volta de 1950. O pai, Frederico, engenheiro romeno, foi o primeiro professor de resistência de materiais da USP de São Carlos.

Fez engenharia mecânica na USP e doutorado em física na Alemanha. De volta, foi lecionar na USP-São Carlos.

Em 1965, casou-se com Miriam, sua professora de inglês.

Também na USP, idealizou o observatório, que leva seu nome. Aposentou-se aos 70, mas continuou ativo até o fim.

Morreu no sábado (27), aos 72 anos, devido a um câncer de pâncreas. Teve três filhas, três netos e dois bisnetos.


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