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Antonio Carlos Pellizzer Wolff (1935-2012)

Cursou psicologia após os 70 anos

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Nos anos 80, Antonio Carlos Pellizzer Wolff chegou em casa com um aparelho novo dizendo que os filhos precisavam aprender a usar aquilo, pois aquilo era o futuro. O aparelho era um computador.

Antes da popularização da informática, Antonio já estava metido com ela -e seria assim até o fim da vida. Curioso, inquieto, vivia fuçando em tudo e procurando desafios, como conta a família. Era ávido por conhecimento.

Prova disso está no fato de ter decidido a cursar psicologia após se aposentar, aos 70 anos, como juiz do trabalho.

Nos últimos quatro anos, atendeu em Ribeirão Preto.

Natural de Itatiba (SP), teve uma vida nômade quando criança por causa da profissão do pai, diretor de escola. Viveu em Santa Rosa de Viterbo e Bragança. Na capital, veio para ganhar a vida e chegou a vender meias na Sé.

Formou-se em ciências sociais na USP e deu aulas num cursinho, onde conheceu a mulher, a também professora Cecília, com quem se casou em 1971. Em meados dos anos 70, cursou direito em São Carlos, pois queria "garantir o futuro dos filhos". Advogou e atuou como oficial de Justiça antes de se tornar juiz.

Continuou nômade: passou por Varginha e Araxá (MG), onde se aposentou. Viveu os últimos anos em Ribeirão Preto.

Bem-humorado e crítico, falava de filosofia à baixaria, como brincava. Era contagiante, segundo a família.

Teve vários problemas de saúde: insuficiência renal, câncer de fígado e pulmão, trombose na perna e problema no esôfago. Continuava brincalhão mesmo assim. Morreu na segunda (29), aos 77, de falência de órgãos. Teve três filhos.


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