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Local recebe investimentos, mas gestão é alvo de críticas

Desde 2006, R$ 594 mi foram investidos no local

DE SÃO PAULO

Fundada há mais de 60 anos por operários que trabalhavam na construção das mansões do Morumbi, Paraisópolis não tem sequer uma base fixa da Polícia Militar. Na favela, sete em cada dez habitantes têm menos de 30 anos.

Pouco mais de um quarto das habitações do local conta com rede de esgoto. Muitas das 18 mil casas de alvenaria (a maioria sem revestimento) está em área de risco de desabamento ou alagamento.

Apesar disso, a favela vive uma contradição. Dois meses antes de ser ocupada pela PM, Paraisópolis ajudou a Prefeitura de São Paulo a obter o mais importante prêmio da ONU na área de habitação, o Scroll of Honour.

O portfólio de obras feitas em Paraisópolis pelo Programa de Urbanização de Favelas de São Paulo também já foi tema de exposições nas bienais de Veneza e Roterdã.

No entanto, também há críticas à falta de gestão dos projetos implantados no local.

"As construções são erguidas sem um plano de inserção social", afirma João Sette Whitaker, professor da Faculdade de Arquitetura da USP. "O maior exemplo disso é o número de remoções, que ultrapassa o número de habitações oferecidas."

Com recursos dos governos federal, estadual e municipal, Paraisópolis recebeu desde 2006, de acordo com dados oficiais, R$ 594 milhões em investimentos de infraestrutura, equipamentos públicos e unidades habitacionais (serão 3.600 até 2014).

A favela é recordista em número de ONGs atuantes -são mais de 60. Ali, há cursos de balé, orquestra, judô, culinária, além de uma unidade do hospital Albert Einstein e outra do colégio Porto Seguro, para a população carente.

Em 2009, foi criada a "Virada Social", fruto de diálogo entre os governos municipal e estadual e a comunidade.

Àquela época, na esteira da ocupação da PM na favela, foram definidas 126 ações do Estado na comunidade, como a construção de mais um CEU, um hospital, um parque, quadras esportivas e uma casa de cultura, entre outros.

Destas, apenas 22 foram realizadas. As outras 104, ou 81%, ficaram no papel.


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