Folha de S.Paulo

Policial militar é assassinada na frente da filha de 11 anos

DO “AGORA” DE SÃO PAULO

A policial militar Marta Umbelina da Silva, 44, foi morta na frente da filha de 11 anos com ao menos dez tiros nas costas. O crime ocorreu às 21h30 de anteontem, na Brasilândia, zona norte paulistana.

Com isso, a onda de violência já soma 92 PMs mortos no Estado desde o início do ano.

Segundo o comandante-geral da PM, Roberval França, Marta foi a primeira policial mulher morta em situação com caraterísticas de atentado.

A soldado voltava da casa da nora. A filha desceu do veículo para abrir o portão da garagem, mas não conseguiu. A mãe saiu para ajudá-la. Um homem que a aguardava na rua disparou tiros contra ela e fugiu em um Corsa preto.

A filha começou a gritar pedindo socorro. Familiares levaram a PM para o Hospital Geral da Vila Penteado, mas ela morreu no caminho.

Marta estava havia mais de dez anos na polícia e trabalhava na área administrativa.

O enterro foi no cemitério Jaraguá (zona oeste). Amigos da PM juntaram dinheiro para pagá-lo. Como Marta estava de folga, sua família não teve direito à assistência do Estado para o enterro, segundo o deputado estadual major Sérgio Olímpio (PDT).

AGENTE E OUTRO PM

Ontem à noite, um agente penitenciário foi morto -o irmão dele ficou ferido- e outro PM foi baleado. Seu estado era considerado grave.

Segundo a Polícia Militar, Juarez Benedito Ferreira Alves, 47, foi morto a tiros às 22h na avenida Faria Lima, em Guarulhos (Grande SP). O irmão do agente, José Nilton Ferreira Alves, 40, também foi atingido.

No Grajaú, extremo sul da capital, um PM identificado apenas como soldado Renê foi baleado às 19h30. Segundo policiais militares, ele chegava a um posto de gasolina quando foi atacado.