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Governos Dilma e Alckmin criam agência integrada contra a violência

Plano inclui a remoção de criminosos para presídios federais e o reforço da vigilância nas fronteiras

Após farpas, governos falam em cooperação para enfrentar o crime; envio de tropas federais ao Estado é descartado

DE SÃO PAULO

A criação de uma agência integrada de inteligência, a remoção de chefes criminosos para presídios federais e maior vigilância nas fronteiras foram as principais ações anunciadas ontem por Estado e União para tentar pôr fim à onda de violência em São Paulo.

O anúncio veio após nova noite de violência na capital, com uma chacina, ônibus queimados e boatos de toque de recolher que provocaram até a suspensão de aulas.

O plano foi definido em reunião entre o governo paulista -incluindo o governador Geraldo Alckmin (PSDB)- e representantes do governo federal liderados pelo ministro José Eduardo Cardozo (Justiça).

Uma das principais ações do pacote (que tem seis pontos) foi criar uma agência para integrar setores de inteligência das polícias estaduais e federais, Secretaria Nacional de Segurança Pública, Receita e Secretaria da Fazenda.

Também haverá ações de fiscalização em pontos críticos das fronteiras do Estado (em rodovias, no porto de Santos e em aeroportos).

A medida contempla crítica recorrente de Alckmin: a de que a violência em SP decorre da entrada de armas e drogas em razão da falta de fiscalização nas fronteiras.

Também foi acertada a remoção de presos para penitenciárias federais -o primeiro, para Porto Velho (RO), será Francisco Antonio Cesário da Silva, o Piauí, chefe do PCC na favela Paraisópolis e acusado de mandar matar PMs. Sua transferência foi autorizada ontem pela Justiça.

Também foram anunciados um programa para enfrentar o crack e o aperfeiçoamento da Polícia Científica.

A Receita e a Fazenda estadual vão atuar juntas para "asfixiar" as finanças do PCC, facção que era minimizada por Alckmin -em outubro, disse que havia "muita lenda" sobre o poder da facção.

O envio de tropas tropas federais para o Estado foi descartado pelos dois governos.

COOPERAÇÃO

O acordo veio após troca de farpas entre Cardozo e o secretário Antonio Ferreira Pinto (Segurança Pública), interrompida por telefonema da presidente Dilma Rousseff a Alckmin na semana passada.

Ontem, as declarações procuravam passar um clima de cooperação. "Organizações criminosas não têm fronteira. É fundamental nós trabalharmos unidos", disse Alckmin.

Para Cardozo, ações de segurança pública são política de Estado, não de governo.

(CAROLINA LEAL, ROGÉRIO PAGNAN E CATIA SEABRA)


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