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Mãe tenta há 3 meses retirar filho de abrigo

Menino saiu sem ser visto e foi levado à delegacia após ter sido encontrado na rua

Juiz afirma que criança é submetida a 'situação de risco'; mãe diz ter ligado para a polícia ao perceber ausência

MARÍLIA ROCHA DE CAMPINAS

A mãe de um menino de dois anos que sumiu de casa em Campinas (a 93 km de São Paulo) briga há três meses para ter o filho de volta.

O garoto foi levado a uma delegacia no dia 5 de agosto e direcionado a um abrigo.

A mãe, Raquel Francisca dos Santos, 23, afirma que ele saiu de casa sem ninguém perceber, provavelmente quando ela abriu o portão da casa do ex-namorado para deixar um saco de lixo na rua.

Ela diz que aguarda desde então a visita de uma assistente social que irá avaliar suas condições de criá-lo.

Enquanto isso, a criança só vê a mãe no fórum da cidade. O encontro era semanal, mas há um mês virou quinzenal.

"Já tentei falar com todo mundo, mas a única resposta que recebo [da Justiça] é que tenho que ter paciência e esperar a audiência sobre o futuro do meu filho", disse.

Grávida e mãe de duas meninas, de cinco e oito anos, ela vive com os pais em um bairro de classe média de Campinas.

Em setembro, o juiz Richard Pae Kim determinou que o menino ficasse no abrigo. Na decisão liminar, alegou que a mãe "não apresenta condições de cuidar do filho e o submete a situação de risco" -o que ela contesta.

Um trecho do processo diz que, no dia em que a criança foi encontrada, possuía "assaduras e marcas nas pernas" e que a mãe não demonstrou "emoção ou preocupação" ao localizar o garoto com policiais.

De acordo com Raquel, as marcas nas pernas da criança são de um acidente que ocorreu há meses.

SUMIÇO

A mãe diz que, assim que notou a ausência do menino, imaginou que ele estivesse na casa vizinha, onde mora a irmã do ex-namorado.

Ela afirma ainda que, cerca de 20 minutos depois, ao perceber o sumiço do filho, ligou para a polícia e saiu correndo pelas ruas do bairro.

"Encontrei um casal que disse que tinha achado meu filho chorando na praça e o levou para a delegacia. Na mesma hora fui para lá", diz.

De acordo com a mãe, o Conselho Tutelar afirmou que, como ela havia demorado para procurar o filho, o menino seria encaminhado para um abrigo.

Procurado pela reportagem, o conselho não quis se manifestar.

A assistente social da Vara da Infância e da Juventude Maria Lígia Alves disse que foi marcada para hoje uma reunião com a família e representantes do abrigo.

A visita de uma assistente social ainda será necessária. Mas a única profissional da área que trabalha no abrigo está em férias.


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