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PT desafia Kassab na briga pela presidência da Câmara

Prefeito eleito Fernando Haddad (PT) disse que concorda com reivindicação

Proposta apresentada por petistas é que a maior bancada política escolha o presidente do Legislativo em 2013

DE SÃO PAULO

O PT decidiu enfrentar o atual prefeito Gilberto Kassab (PSD) e lançar campanha para presidir a Câmara Municipal em 2013.

Petistas se reuniram ontem com o prefeito eleito Fernando Haddad (PT) e disseram que vão defender o critério de proporcionalidade previsto no regimento interno do Legislativo paulistano.

A regra prevê que a maior bancada política tem o direito de indicar o nome de quem vai assumir a presidência da Câmara, a segunda maior representação escolhe o secretário-geral e assim por diante. Haddad concordou com a proposta dos vereadores.

"Queremos a proporcionalidade para que a gente tenha unidade do parlamento, respeitando a situação e a oposição conforme sua força e a força de cada partido", disse o vereador Antonio Donato (PT), coordenador da equipe de transição de Haddad.

OPOSIÇÃO

Com a ideia, o PT se opõe a Kassab, que articula um bloco parlamentar que serviria para dar sustentação ao futuro prefeito na Câmara. Em troca, a bancada kassabista manteria sob seu poder a presidência da Câmara, hoje nas mãos do vereador José Police Neto (PSD).

O PT foi o partido que elegeu o maior número de vereadores para o próximo mandato: 11 parlamentares. Pela regra que o PT quer estabelecer, ele próprio indicaria o próximo presidente. O segundo maior partido é o PSDB, com nove vereadores.

Atualmente, o grupo de Kassab tem dez vereadores -sete do PSD e três do PSB- e é a segunda maior bancada, à frente dos tucanos.

Para 2013, o grupo ainda articula a adesão do PV, que tem quatro parlamentares.

Se o PV aderir ao grupo, o bloco parlamentar ligado a Kassab passaria a ser o maior da Câmara e, pela regra que o PT quer impor, ficaria com a presidência do Legislativo. Nesse caso, o grupo pode indicar o vereador Roberto Tripoli (PV) para ocupar o cargo no ano que vem.

SÓ NO PAPEL

A regra da proporcionalidade existe no regimento interno da Câmara, mas não é usado há oito anos, desde que o próprio Tripoli rompeu com seu ex-partido, o PSDB, horas antes da posse em 2005, aliou-se à oposição ao então prefeito José Serra (PSDB) e se elegeu presidente.

Tripoli foi presidente por dois mandatos -cada mandato dura um ano-, sempre com o apoio do PT.

Depois, Antonio Carlos Rodrigues (PR) se elegeu quatro vezes seguidas, também com apoio da bancada petista.

Police Neto venceu a eleição em 2010 por obra de Kassab, que articulou um grupo de vereadores para romper a hegemonia do chamado "centrão", mas se reelegeu em 2011 com apoio do PT.

Entre os petistas, dois vereadores se articulam para assumir a presidência: Arselino Tatto e José Américo.


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