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Fashion Rio começa sem desfile da virgem de SC
Banida da passarela, Ingrid Migliorini foi assediada na primeira fila da TNG
A grife, para a qual ela se apresentaria, misturou desde o estilo rocker ao étnico no primeiro dia do evento
Paulo Ricardo e o RPM tocam sucessos dos anos 80 como "Loiras Geladas" e "Revoluções Por Minuto" na frente de um logotipo da grife TNG.
Rodrigo Lombardi, protagonista da novela "Salve Jorge", entra na passarela e arranca uivos, gritos e aplausos. Ao lado da banda, num lugar discreto da primeira fila, Ingrid Migliorini, a moça que leiloou a virgindade na internet, assiste à apresentação fazendo pose sexy.
Ingrid deveria ter desfilado; foi convidada e trazida da Austrália para isso pela marca comandada por Tito Bessa, que fechou ontem o primeiro dia do Fashion Rio.
Protestos na internet e a ameaça de que manifestantes fossem ao Pier Mauá, onde acontece o evento, teriam feito a equipe desistir de tudo às pressas.
Tito começou dizendo que o convite seria uma forma de combater o preconceito e terminou dizendo que "não tinha um motivo específico" para ter chamado Ingrid e que a moça "não representa a imagem da TNG". Só faltou dizer que estava arrependido.
A moça havia marcado entrevistas, que cancelou. A assessoria chegou a dizer que ela se atrasara no aeroporto e talvez não chegasse a tempo nem para ver o desfile. Enquanto isso, a reportagem da Folha flagrou a moça de shortinho e chinelo no lobby de um hotel no Leme.
Ao verificar a presença dos repórteres, os assessores sumiram e Ingrid rapidamente subiu para o quarto, calada.
Após o desfile, ela foi assediada por um batalhão de fotógrafos e repórteres. Saiu correndo, pela porta de trás, sem falar com ninguém.
Outra celebridade da web, o mendigo de Curitiba, morador de rua bonitão cuja foto virou febre nas redes sociais, chegou a ser cotado para desfilar nesta edição para uma grife que não se identificou. Recusou porque está em processo de desintoxicação.
Em paralelo aos desfiles, modelos negros participavam de protesto organizado pela ONG Educafro, que trabalha pela inclusão do negro no mercado de trabalho, pedindo mais representatividade nas passarelas.
Uma verdadeira novela, com direito a astros principais, núcleos coadjuvantes e trilha sonora.
As roupas? Rocker, étnico, couros de peixe, um pouco de tudo, feito roteiro da Gloria Perez. E aí, fashionistas, quanto vale o show?
