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Caminhão desgovernado mata 7 pessoas
Veículo bateu em quatro carros e três caminhões em estrada na divisa do Paraná com Santa Catarina na tarde de ontem
Motorista afirma que freios falharam; pista ficou totalmente interditada por pelo menos duas horas
Um caminhão desgovernado bateu em sete veículos, matou sete pessoas e deixou outras sete feridas no início da tarde de ontem na BR-376, na descida da serra do Mar, próximo à divisa entre Paraná e Santa Catarina.
O acidente ocorreu no município de Guaratuba (a 133 km de Curitiba). Pelo menos dois carros pegaram fogo com o choque. Três vítimas morreram carbonizadas.
O caminhão que provocou o acidente se despedaçou, e o motorista, que sobreviveu sem nenhum ferimento, foi lançado para fora da pista.
A cabine retorcida ficou na pista no sentido Paraná-Santa Catarina. Já a carroceria caiu numa ribanceira no sentido contrário da rodovia.
Por causa do acidente, a BR-376, principal ligação entre o Paraná e outros Estados do Sul do país, ficou completamente interditada por pelo menos duas horas. Filas de até 20 quilômetros se formaram na estrada. As pistas só foram completamente liberadas pela polícia às 17h40.
O motorista Paulo Roberto de Oliveira Santos, 39, foi autuado em flagrante por homicídio culposo (sem intenção de matar). Ele disse à polícia que o freio do caminhão, que transportava telhas, falhou.
Havia um pequeno acidente no local que estava sendo sinalizado.
TESTEMUNHAS
O caminhão não parou no bloqueio e bateu em sete veí-culos -quatro carros de passeio e três caminhões.
O inspetor da polícia rodoviária Márcio Nascimento afirmou que os discos do tacógrafo do caminhão que causou o acidente estavam vencidos. "Pelo que se constatou, o motorista habitualmente trafegava em alta velocidade", disse.
Juarez Rabelo viu o acidente e chamou de "absurda" a velocidade em que o veículo trafegava. Outra testemunha, Ivo Lopes, 62, disse que nunca viu algo igual. "Estou apavorado com o que vi."
O motorista que causou o acidente está detido. Ele seria liberado se pagasse fiança de R$ 3.000 e poderá responder pelo crime em liberdade. Santos não tinha advogado até a noite de ontem.
