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Estado dobra indenização a familiares de policial morto

Alckmin anuncia aumento da cobertura de seguro de R$ 100 mil para R$ 200 mil

Medida ocorre após o assassinato de 92 PMs no ano; governador diz que violência está em 'um ritmo bem menor'

DE SÃO PAULO

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou ontem que vai dobrar -de R$ 100 mil para R$ 200 mil- a indenização paga às famílias de policiais mortos no Estado.

É a segunda medida que o tucano anuncia para beneficiar familiares de policiais desde o início da escalada da violência contra PMs -foram 92 assassinados neste ano.

Ele já havia estendido a indenização para policiais mortos na folga, desde que a morte tenha sido em razão de ser policial. Do total de mortos no ano, 87 estavam de folga.

"Aqueles casos em que a pessoa estava de folga, mas que o óbito foi em decorrência da condição policial, o seguro vai cobrir", disse.

O contrato com a MetLife, empresa que faz as apólices de seguro de 128 mil policiais militares e civis do Estado, vence no fim do mês.

A empresa já ganhou uma nova licitação para mais cinco anos, mas o governo disse que será aberta uma nova licitação, que pode permitir o aumento da indenização.

O deputado estadual Olímpio Gomes (PDT), major da reserva e membro da Comissão de Segurança da Assembleia, disse que o novo valor é um avanço, pois a indenização ficou congelada por anos.

Para ele, o pagamento da indenização deveria ser retroativo. "Como ficam as famílias dos mais de 90 policiais mortos neste ano?"

'RITMO MENOR'

Alckmin disse também que a onda de violência que atinge a Grande São Paulo desde setembro está diminuindo. "[As mortes] Já estão em processo de queda. Eu tenho um acompanhamento diário, elas já estão em um ritmo bem menor", afirmou.

Ele disse ainda que parte das mortes registradas nos últimos dias não tem relação com facções criminosas.

"Tem coisa que não tem ligação com o crime organizado. Você tem crime passional, você tem uma série de outros crimes", afirmou, durante evento na capital paulista.

Desde o dia 24 de outubro, ao menos 144 pessoas foram assassinadas na Grande São Paulo. A média diária de mortes é bem maior que a média de seis homicídios diários registrada de janeiro a setembro deste ano na região.

As declarações ocorreram após outra noite e madrugada violentas, com nove mortes na Grande São Paulo, sendo cinco delas em confrontos com guardas civis ou PMs.

As mortes foram em Cotia, Itaquaquecetuba, Diadema, Taboão da Serra, Itapevi e São Paulo -uma delas nos Jardins, região nobre da capital.


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