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MEC admite que puniu candidata errada

Estudante foi retirada da sala onde fazia a prova do Enem após homônima publicar foto do exame na internet

Agora, adolescente de São Paulo terá de fazer a prova em dezembro, destinada aos inscritos que estão presos

DE BRASÍLIA DE SÃO PAULO

O Ministério da Educação reconheceu ontem que desclassificou, por engano, uma candidata no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), após confundi-la com uma outra estudante, de mesmo nome, que havia postado fotos da prova na internet.

"De fato houve um equívoco, porque era um [perfil] homônimo [na internet] e as duas eram de São Paulo", disse o ministro Aloizio Mercadante.

Na manhã de ontem, o ministro conversou com a mãe da menina punida e garantiu que ela terá uma nova chance em dezembro, quando o Enem é aplicado a detentos.

A estudante Jacqueline Chen, 16, de São Paulo, foi retirada da sala em que fazia a prova no domingo, segundo dia do Enem, conforme revelou ontem o jornal "O Estado de S. Paulo". A imagem pertencia a uma outra candidata, de Mogi das Cruzes (SP).

OUTROS CASOS

Nesta edição do exame, o MEC desclassificou 65 candidatos que postaram imagens da prova em redes sociais.

De acordo com o edital do Enem, o candidato deveria guardar, "em embalagem porta-objetos fornecida pelo aplicador, telefone celular desligado, quaisquer outros equipamentos eletrônicos desligados e outros objetos".

A embalagem deveria ser mantida embaixo da carteira do candidato durante a realização da prova.

Segundo relato de Jacqueline enviado à Folha, ela foi retirada da sala onde fazia o exame, no Mackenzie, sem explicação, passada uma hora da prova do domingo.

"Me levaram até uma sala e disseram que eu havia acabado de postar uma foto no Twitter, com o meu RG e o cartão de respostas do lado. Achei um absurdo, pois meu celular, que nem tem internet, estava desligado [...], lacrado dentro do saquinho", afirmou a estudante.

Ao pedir para ver a foto, a estudante diz que foi informada de que só o Inep, órgão responsável pela prova, tinha uma cópia, em Brasília.

Aluna do colégio Dante Alighieri, um dos mais tradicionais de São Paulo, Jacqueline conta que, na saída, uma mulher que afirmou ser coordenadora estadual do Enem lhe disse que, como "o Dante é uma escola de primeira linha, então você nem vai precisar deste recurso [Enem]".

Procurada pela Folha desde anteontem, a mãe da estudante disse que não comentaria o assunto.


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