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Cid Santaella Redorat (1937-2012)

Um médico e a saúde como direito

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Assim começa o artigo 196 da Constituição Federal: "A saúde é direito de todos e dever do Estado". O médico Cid Santaella Redorat, que participou da Constituinte de 1988, dizia com orgulho que aquela frase fora criação sua.

Mais novo de quatro irmãos, era filho de um contador e de uma dona de casa. Nasceu em Catanduva (SP), de onde saiu para fazer medicina em Florianópolis (SC).

Formou-se nos anos 60 e foi para a Santa Casa de São Paulo, onde ficou por três anos, como cirurgião-geral.

Em 1966, entrou para o antigo INPS (Instituto Nacional de Previdência Social) e depois para o Inamps (Instituto Nacional do Seguro Social), do qual foi diretor.

Quando trabalhava no Hospital Moderno, em São Paulo, conheceu a mulher, a biomédica Leda, com quem se casou em 1982 e teve duas filhas (uma é médica e a outra quer prestar medicina).

Leda conta que, antes da Constituição, então grávida, Ulysses Guimarães passava a mão em sua barriga e dizia que aquela brasileira nasceria num país com um sistema de saúde muito mais eficiente.

Mestre em saúde pública pela FGV, Cid foi secretário da Saúde em Catanduva, Monte Alto e Araçatuba e superintendente da Associação Hospitalar de Bauru. Nos últimos cinco anos, atuou como perito da Justiça Federal em Catanduva, como conta a mulher.

Dizia-se frustrado por não ver a saúde do país melhor.

Morreu na madrugada de domingo (4), aos 75, em decorrência de uma trombose e uma embolia pulmonar. Além das duas filhas com Leda, teve outras duas de um casamento anterior -e dois netos.


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