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Só 6,2% das cidades têm planos contra desastres naturais

Em 10% dos municípios, medidas de prevenção de secas, enchentes e deslizamentos estão em elaboração, diz IBGE

Pesquisa de 2011, porém, não investigou a abrangência, a qualidade e a execução dos projetos existentes

DENISE MENCHEN DO RIO

No mesmo dia em que chuvas fortes atingiram Nova Friburgo, na região serrana do Rio, obrigando a prefeitura a soar sirenes de alerta para os moradores de áreas de risco, pesquisa do IBGE revelou que apenas 6,2% dos municípios do país possuem um plano para a redução do impacto de desastres naturais.

Em outros 10,1%, medidas para prevenção e resposta a enchentes, deslizamentos, secas e outros fenômenos estão em processo de elaboração.

Os dados são da Munic (Pesquisa de Informações Básicas Municipais) de 2011, que abordou o tema pela primeira vez por meio de questionários aplicados aos 5.565 municípios do país.

O estudo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), porém, não investigou a abrangência, a qualidade e a execução dos projetos existentes.

"O ideal é que, ao fazer seu plano diretor, o município faça também o plano de redução de riscos", afirma a pesquisadora Vânia Maria Pacheco, do instituto.

Segundo ela, os planos devem se adequar às condições específicas de cada localidade. Em comum, devem partir de um mapeamento das áreas de risco para embasar a realização de obras de contenção, a remoção de moradores e a instalação de sistemas de alerta, entre outros.

"A questão dos desastres tem que sair da esfera da defesa civil para entrar em toda a estrutura de gestão do município", resume o especialista em planejamento de emergência Moacyr Duarte, da UFRJ (Federal do Rio).

Para ele, a pesquisa do IBGE é "uma constatação estatística do que já se sabia: que não existe uma preparação sistemática para o enfrentamento de desastres naturais".

Ele pondera, porém, que é preciso saber se os municípios que já desenvolveram seus planos -ou estão em processo de elaboração- são aqueles com maior incidência de fenômenos naturais extremos.

Os municípios fluminenses de Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis (onde houve cerca de mil mortes por conta das chuvas em janeiro de 2011), por exemplo, disseram ao IBGE, no segundo semestre do ano passado, já ter elaborado seus planos de prevenção.


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