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Av. Paulista não tem plano para rush de Natal

Quantidade de visitantes obrigou o fechamento da via para veículos por empresa de trânsito no ano passado

Interdição da avenida para carros e motos divide o público, especialistas e autoridades

FELIPE ODA REGIANE TEIXEIRA DE SÃO PAULO

Nas próximas semanas, uma multidão que cresce a cada ano deve invadira a avenida Paulista: os amantes de decorações de Natal.

Desde 2010, a principal atração é a Praça de Natal, palco de 800 m² montado pela prefeitura entre as ruas Padre João Manuel e Ministro Rocha Azevedo. Na edição passada, só essa passarela -com bonecos gigantes, música típica e monitores- recebeu cerca de 480 mil visitantes entre os dias 4 e 25 de dezembro.

O público não fica restrito a esse trecho. Do Paraíso à Consolação, bancos e centros comerciais capricham. Assim, a decoração, o clima quente e os dias de folga são um convite para o paulistano passear com a família sem gastar nada.

Em 2011, a quantidade de gente foi tão grande que a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) foi obrigada a interditar a Paulista nas noites de 17, 18 e 21 de dezembro.

Neste ano, a interdição ainda é incerta. A CET afirma que a medida do ano passado não é base para ações futuras e declarou que "não trabalha com hipóteses" no planejamento.

Apesar de a Praça de Natal não ter data para ser inaugurada, ela está confirmada pela SPTuris, empresa de turismo da cidade. A própria CET anunciou interdições até o dia 28 para a montagem do palco.

FECHA OU NÃO FECHA?

A interdição da Paulista para carros divide público, especialistas e autoridades.

A "medida emergencial", segundo a CET, foi para evitar atropelamentos. Mas o Ministério Público chegou a enviar notificação questionando a interdição, que viola acordo de 2007 que prevê interdições apenas na Parada Gay, São Silvestre e Réveillon.

Em nota, a Promotoria disse que chamará CET e Banco do Brasil, patrocinador da Praça de Natal nos anos anteriores, para saber quais providências serão tomadas para garantir a circulação na Paulista e a segurança de pedestres.

Gustavo Felipe Barbosa, 29, que mora na avenida há seis anos, reclama da falta de planejamento prévio. "O meu direito é 'cortado'. Não consigo chegar em casa por causa do trânsito", afirma.

"Melhor interditá-la para evitar atropelamentos. É uma medida ruim, mas necessária", defende Luiz Célio Bottura, consultor de trânsito.

Para Candido Malta, professor emérito da FAU-USP, a ação "pune" motoristas e moradores da Paulista.


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