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Defesa racha no 1º dia de júri do caso Bruno

Após desistência de seus defensores, Bola, acusado de ser o autor da morte de Eliza Samudio, será julgado depois

Mãe de vítima diz que goleiro é um monstro; ex-motorista afirma que ouviu dizer que Eliza foi jogada aos cães

Vagner Antonio/TJMG
Ex-goleiro Bruno (ao fundo) e sua ex-mulher, Dayanne Souza, durante julgamento em MG
Ex-goleiro Bruno (ao fundo) e sua ex-mulher, Dayanne Souza, durante julgamento em MG
PAULO PEIXOTO ROGÉRIO PAGNAN ENVIADOS ESPECIAIS A CONTAGEM (MG)

Começou com um racha entre advogados de defesa o primeiro dia de julgamento dos acusados da morte de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes, em Contagem (MG).

Os defensores de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, acusado de ser o autor da morte de Eliza, desistiram de defender seu cliente por discordar da meia hora dada pela juíza Marixa Rodrigues para as considerações preliminares -quando advogados indicam pontos que acham irregulares no processo.

Mas a estratégia não foi seguida pelos advogados dos outros acusados e o julgamento pôde prosseguir.

Após a desistência de seus defensores, Bola, que não aceitou ser defendido por um defensor público, foi excluído do júri e tem dez dias para indicar novos advogados. Seu novo julgamento ainda não tem data marcada.

Para o promotor Henry Wagner de Castro, os advogados atuavam em bloco e, agora, ficaram enfraquecidos. "Hoje, o bloco desmoronou."

Pela manhã, integrantes da União Brasileira de Mulheres fizeram uma manifestação em frente ao fórum carregando cruzes com nome de mulheres assassinadas por maridos e amantes. Uma delas tinha o nome de Eliza.

Sônia de Fátima Moura, mãe de Eliza, disse esperar a condenação do goleiro. "Ele é um monstro. Ele queria matar os dois (Eliza e o filho), mas aí veio a mão de Deus."

Ela cuida do neto, que hoje tem dois anos e dez meses.

'JOGADA AOS CÃES'

Os trabalhos do tribunal começaram, na prática, somente após o almoço.

Ontem, o ex-motorista de Bruno foi ouvido. Cleiton da Silva Gonçalves afirmou que houve uma tentativa de lavar o carro do goleiro Bruno com óleo diesel. Para o promotor, o motivo era tentar sumir com manchas de sangue de Eliza.

Gonçalves também disse ter ouvido, duas semanas antes de toda a trama ter vindo à tona, Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno, dizer que Eliza tinha sido jogada aos cães.

O destino dos réus será decidido por seis mulheres e um homem. Também são julgados Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, Dayanne Souza (ex-mulher de Bruno) e Fernanda Castro (ex-namorada).

A sessão de ontem foi encerrada por volta das 19h45 e será retomada hoje, às 9h. Duas delegadas que investigaram o crime serão ouvidas. O depoimento do ex-motorista será tomado novamente.


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