Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Professores da PUC decidem manter greve

Em assembleia, docentes ainda decidiram questionar cardeal sobre motivos de nomear 3ª colocada em votação para reitor

Universidade afirma que escolha de Anna Maria Cintra respeita estatuto; estudantes devem se reunir hoje

LEANDRO MACHADO DE SÃO PAULO

Os professores da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) decidiram manter a greve iniciada há uma semana. A decisão foi tomada em assembleia na noite de ontem, no campus Perdizes, na zona oeste.

O movimento protesta contra a nomeação de Anna Maria Marques Cintra para o cargo de reitora. Ela foi escolhida pelo cardeal dom Odilo Scherer, grão-chanceler da PUC, apesar de ter ficado em terceiro lugar em eleição realizada em agosto entre alunos, professores e funcionários.

O vencedor foi Dirceu de Mello, o atual reitor.

O estatuto prevê que a escolha final, entre os nomes de uma lista tríplice, cabe ao cardeal, mas, tradicionalmente, o primeiro era o nomeado.

VONTADE

Os professores ainda se comprometeram a "defender politica e judicialmente todos os funcionários da instituição, caso eles tenham o cargo ameaçado".

Também decidiram formar uma comissão que vai procurar o cardeal para questioná-lo "sobre os motivos da nomeação de Cintra".

Os grevistas querem que dom Odilo mude de posição para que "a vontade da comunidade universitária seja respeitada" ou que a candidata escolhida não assuma o cargo.

Está prevista para hoje uma assembleia dos alunos.

A PUC informou que os três candidatos "são da mais alta grandeza acadêmica, mas que a escolha respeita o estatuto da universidade".

Afirmou também que o período é de realização de vestibular e avaliações acadêmicas e que "eventuais paralisações tendem a prejudicar os alunos e toda a comunidade".

A Folha não conseguiu contato com Cintra até a conclusão desta edição.

Um texto distribuído pelos apoiadores dela diz que a escolha do cardeal foi "legítima" por estar na regra e, mesmo em terceiro na lista, ela foi a mais votada entre os professores.

PROCESSO

Desde 1980, a PUC-SP faz eleições para reitor. Participam docentes, funcionários e alunos. Os três nomes com mais votos formam a lista tríplice, que deve ser homologada pelo Conselho Universitário.

O resultado é então submetido ao arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, grão-chanceler da instituição e presidente do Conselho Superior da Fundação São Paulo, que administra a PUC.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página