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Enem tem 3 públicas entre as 50 melhores

Escolas federais são as únicas na lista das 'tops'; no ano passado, seis colégios oficiais estavam no grupo de elite

Educador pondera que é preciso considerar o nível socioeconômico dos estudantes das redes privada e pública

FLÁVIA FOREQUE DE BRASÍLIA

As escolas privadas são protagonistas na lista de melhores notas no Enem 2011, cujos resultados por colégios foram divulgados ontem.

Entre os 50 melhores, apenas três são escolas públicas -todas elas federais. No ano anterior, eram seis.

O Enem é uma prova aplicada a alunos que estão se formando no ensino médio. Por meio dessas provas, o Ministério da Educação tabula o desempenho por escola. No ensino médio, é a única avaliação que dá notas por escola.

O colégio Integrado Objetivo, de São Paulo, ficou com a primeira colocação.

Entre as 50% com maior desempenho na prova (o que corresponde a 5.038 colégios), somente 17,3% são da rede pública de ensino -e em geral são colégios de aplicação ou técnicos, que fazem seleção de estudantes.

A rede privada atende apenas 12,2% das matrículas no ensino médio.

Na cidade de São Paulo, o colégio público com melhor nota é a Escola Técnica Estadual de São Paulo, 9ª melhor na cidade e 74ª no país.

Segundo dados do Ministério da Educação, estudantes da rede privada tiraram em média 569,2 pontos. Entre os alunos da rede pública, a média foi de 474,2.

O ministro Aloizio Mercadante (Educação) disse que as melhores notas refletem práticas pedagógicas, mas reconheceu que não é o único motivo para a boa colocação.

"O melhor desempenho, por padrão, é de escolas que pré-selecionam os estudantes. (...) Cuidado para não comparar o que não é comparável", afirmou.

Segundo ele, o ministério vai convidar as melhores escolas para trocar experiências e, eventualmente, elaborar diretrizes para as demais.

Para isso, disse, o ministério também fará um ranking "só com as escolas 'porta aberta' [que não selecionam alunos]", com a intenção de convidá-las ao debate.

Especialista em avaliação, Francisco Soares (UFMG) argumenta que é preciso colocar luz sobre o nível socioeconômico dos alunos.

O Inep, responsável pelo Enem, destacou que a pequena quantidade de alunos por escola também interfere na posição. Entre as dez com melhor posição, sete têm menos de cem alunos concluintes do ensino médio.


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