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Nota média cai em humanas e em ciências da natureza

Desempenho no Enem 2011 melhorou em matemática e língua portuguesa

Para presidente do Inep, órgão responsável pelo exame, ainda é preciso avaliar quais foram os motivos da piora

NÁDIA GUERLENDA DE BRASÍLIA

O desempenho médio dos alunos nas áreas de ciências da natureza e ciências humanas caiu no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2011 em comparação com os dois anos anteriores. A média melhorou, porém, em matemática e língua portuguesa.

A notícia vem um ano após o governo comemorar os resultados positivos do Enem 2010, quando houve uma melhora no desempenho geral.

A área de ciências da natureza abrange os conteúdos de química, física e biologia, enquanto as ciências humanas abarcam história, geografia, filosofia, sociologia e conhecimentos gerais.

São considerados apenas os resultados de alunos que prestaram o exame no último ano do ensino médio.

A média de ciências da natureza caiu de 502,14 em 2009 para 465,56 em 2011. Em ciências humanas, a variação foi ainda maior. Em 2009, a média foi 502,44. Em 2010, subiu para 538,73 e em 2011 despencou para 472,59, uma queda de 66 pontos.

Já as médias de matemática e língua portuguesa cresceram de 500,77 e 500,95 em 2009 para 521,07 e 519,35 no ano passado.

Luiz Cláudio Costa, presidente do Inep, órgão responsável pelo Enem, afirma que ainda não é possível fazer uma diagnóstico sobre os motivos da piora.

"Não é possível saber analisando apenas a média, porque ela é influenciada pelos extremos. Se eu tenho alunos nota 2 e alunos nota 10, não posso dizer que meu aluno médio é nota 6."

Ele diz que não se pode atribuir a queda a um aumento de dificuldade das provas, já que o Enem é calibrado pela TRI (teoria de resposta ao item), em que as questões são divididas em fáceis, médias e difíceis e têm pesos diferentes conforme o índice de erro e acertos em fase de testes.

Para ele, é preciso verificar, entre outros fatores, a distribuição das notas dos alunos pelas áreas de conhecimento, as características sociais dos inscritos e o número de concluintes do ensino médio.

"Se eu passo a incluir mais [alunos], pode haver diferença na média", afirma. Em 2009, 824 mil concluintes do ensino médio prestaram o exame. Em 2010, esse número foi de pouco mais de um milhão. Em 2011, 1,13 milhão.

Costa diz que o aumento de alunos que usam o Enem para certificação de conclusão do ensino médio pode ter influenciado os resultados.

O exame pode ser utilizado por alunos maiores de 18 anos, que não concluíram o ensino médio na idade adequada, para obtenção do diploma.

"Mas isso só saberemos estudando os dados mais a fundo. Em educação você nunca tem uma corrida curta."


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