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Com dívida milionária, Jockey quer vender imóveis e enfrenta oposição

Administração atual diz que medida dará fôlego para resolver endividamento de R$ 390 milhões

Ideia é vender imóveis como sede no centro e chácara; grupo opositor critica decisão e defende renegociação de débitos

Fotos Eduardo Knapp/Folhapress
Área de corrida do Jockey Club de São Paulo, que apresenta problemas estruturais agudos
Área de corrida do Jockey Club de São Paulo, que apresenta problemas estruturais agudos
JAIRO MARQUES DE SÃO PAULO

Por trás do extenso muro do Jockey Club de São Paulo, na marginal Pinheiros, zona oeste, não estão apenas os valiosos cavalos de raça e a sofisticação de apostadores. O clube acumula dívida milionária em impostos, tem sérios problemas hidráulicos e elétricos e vive uma disputa de grupos para determinar seu futuro.

O jóquei está problemas estruturais agudos, que já causaram falta de energia elétrica durante páreos e falta de água.

Para resolvê-los, seria necessária uma reforma orçada em R$ 30 milhões, dinheiro que o que o clube não tem.

Muito pelo contrário, possui endividamento de R$ 390 milhões, quase 80% relativos a IPTU com a prefeitura.

Renegociado e pago em dia, descontando demandas judiciais, o valor cairia para R$ 102 milhões, de acordo com a atual diretoria, que declarou estar aceitado os acordos de pagamento.

O empresário Eduardo Rocha Azevedo, presidente do jóquei, defende que parte do patrimônio do clube seja vendida para saldar as dívidas e, assim, conseguir fôlego e crédito para investir e fazer o local sobreviver.

Um dos prédios que pode ser vendido é o da sede social, no centro, avaliado em R$ 90 milhões e que guarda obras de Di Cavalcante.

Mas o negócio só vai ser realizado se houver aprovação em assembleia de sócios, na terça-feira. É preciso presença de ao menos 200 dos 1.500 com direito a voto e maioria simples para que a medida passe.

"Os bens do jóquei estão quase todos penhorados por causa de dívidas não pagas no passado. Sem resolver isso, é impossível avançar, não conseguimos crédito para fazer nada que desejamos. Não digo que vender prédios vai resolver todos os problemas, mas nos dará fôlego para trabalhar", afirma Azevedo.

Segundo o presidente, a intenção é se desfazer também da Chácara do Jockey (zona oeste), usada para abrigar eventos e shows, e de terrenos. Tudo poderia gerar cerca de R$ 200 milhões.

Uma ala de oposição à atual gestão é contra a venda dos imóveis e avalia que é preciso renegociar mais as dívidas, deixando de quitá-las agora.

Liderado pelo empresário Márcio Toledo, que já presidiu o clube, o grupo opositor pretende derrubar a proposta de venda do prédio do centro e acusa Azevedo de estar gerindo mal os recursos.

"Nosso plano é o compromisso de não vender nenhum imóvel ou qualquer outro ativo do patrimônio do jóquei."

TRANSMISSÕES

Um acordo entre o jóquei e o grupo Bandeirantes, em fase final de negociações, deve dar direitos à emissora de transmitir as corridas de cavalos e outros eventos.

Atualmente, a exibição das provas é feita com equipamento, segundo a administração, "totalmente sucateado", em um canal de TV por assinatura e pela internet.

A intenção é melhorar a qualidade do sinal e motivar mais pessoas a participarem das atividades do jóquei, que terá competições mais simples para o entendimento do público, como corridas "par ou ímpar", em que haverá apenas as duas opções de apostas.

A Band informou ter especial interesse nas transmissões para o Bandsports.


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