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Após comprar 'moto dos sonhos', casal é morto a tiros na 1ª viagem

Sibele Gozzi, 36, havia comprado a motocicleta de presente para Rafael Fulaz, 31, um dia antes

Principal hipótese para o crime, ocorrido em cruzamento na av. dos Bandeirantes, é de tentativa de assalto

DE SÃO PAULO DO “AGORA”

"Sonhar não custa nada. Mas tem sonhos que se realizam." Foi assim que o borracheiro Rafael Jesus Fulaz, 31, descreveu o que sentiu ao ganhar de presente uma Honda CBR 1000, moto superesportiva de 178 cavalos de potência.

A mensagem foi escrita em sua página do Facebook, onde a foto da moto tem grande destaque, horas antes de ele ser assassinado justamente por causa do presente que ganhou da namorada, Sibele Karla Pedroso Gozzi, 36.

Sibele, que estava na garupa, foi assassinada com ele.

A Honda, estimada em mais de R$ 50 mil, foi comprada na quarta-feira, um dia antes do crime. Era a primeira viagem que eles faziam na moto.

O sonho do casal tornou-se pesadelo em um semáforo da av. dos Bandeirantes, com a rua Ribeiro do Vale, no Brooklin (zona sul). Dois homens chegaram em outra moto. A polícia acredita que Fulaz tentou escapar e foi baleado.

O criminoso que fez os disparos estava na garupa. Ao ser atingido, o borracheiro perdeu o controle da Honda e bateu em um carro.

Testemunhas afirmaram que o bandido se aproximou do casal, já caído ao chão, e atirou ao menos mais três vezes.

Sibele levou três tiros (um no ombro e dois nas costas). Fulaz foi atingido na coxa esquerda e nas costas. Ambos morreram ainda no local.

ASSALTO

A hipótese de assalto ainda será investigada, pois nenhuma testemunha encontrada pela polícia disse ter ouvido os bandidos anunciando o crime. Só viram quando eles passaram a atirar.

Essa é a principal suspeita porque há quadrilhas especializadas em roubos de motos valiosas. Até um delegado, Paulo Pereira de Paula, foi morto em situação similar.

Nem as filhas de Sibele, uma de 19 anos e outra de seis, que vinham num carro logo atrás, viram como a ação ocorreu exatamente. Disseram que só perceberam algo quando o trânsito parou.

A família ia de Mongaguá para Itu, visitar parentes.

Thiago Fulaz, irmão do borracheiro, diz não acreditar que ele tenha reagido à abordagem. "Ele era sossegado. Tentaram roubar a moto dele, foi na maldade mesmo."

A mãe da Sibele, Maria Manoelina Pedroso, 66, disse que moça era batalhadora e tinha planos de se casar. E não gostava de motos. "Foi uma aventura."

Procurada, a Polícia Civil não quis atender a reportagem.


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