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Empresário morto por PMs em Alto de Pinheiros estava alcoolizado

Laudo do IML afirma que nível de álcool o impedia de dirigir

AFONSO BENITES DE SÃO PAULO

Um laudo do IML (Instituto Médico Legal) de São Paulo concluiu que o empresário morto por PMs no dia 18 de julho após uma perseguição pelas ruas de Alto de Pinheiros (zona oeste) estava alcoolizado no momento em que foi abordado.

Conforme o documento, divulgado ontem, Ricardo Prudente de Aquino, 39, tinha 1,5 g por litro de sangue. A quantidade equivale a 2,5 vezes o que é permitido por lei (0,6 gramas por litro de sangue) para dirigir um automóvel.

Para o advogado Aryldo de Paula, defensor dos três PMs acusados de matar o empresário, a conclusão apresentada pelo IML desmonta a versão de que Aquino não teria razões para fugir da polícia.

"A família do empresário afirmava que ele não estava fugindo. Mas agora está provado que ele tinha uma razão para fugir, estava embriagado", disse.

O cabo Robson Tadeu Paulino, 30, e os soldados Luis Gustavo Teixeira Garcia, 28, e Adriano Costa da Silva, 26, chegaram a ficar nove dias presos, mas estão soltos desde o dia 27 de julho por uma decisão da juíza Lizandra Maria Lapenna, do 5º Tribunal do Júri.

Em princípio, eles vão aguardar o julgamento pelo homicídio do empresário em liberdade.

O advogado Cid Vieira, que responde pela família da vítima, o laudo não altera em nada o processo judicial que está em curso.

"Isso quer dizer que qualquer pessoa que estiver dirigindo alcoolizada pode ser executada pela polícia?", questionou.

Segundo Vieira, a conclusão do exame toxicológico comprova que os policiais estavam despreparados para agir nessa situação e, por isso, mataram o empresário.

"Os policiais executaram o Ricardo e vão pagar por isso", afirmou.


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