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Novo secretário diz que vai priorizar alfabetização de aluno de até 8 anos

Segundo a prefeitura, 20% das crianças nesta idade ainda não sabem ler e escrever no município

Convidado por Haddad, Cesar Callegari lista ainda vagas em creches e melhoria do ensino como suas prioridades

FÁBIO TAKAHASHI DE SÃO PAULO

O sociólogo Cesar Callegari (PSB), atual gestor de educação básica do Ministério da Educação, será secretário da área em São Paulo no governo de Fernando Haddad (PT).

A pasta recebe cerca de 20% do Orçamento do município. Para Callegari, as prioridades são a melhoria da qualidade do ensino, a expansão das vagas em creches e a alfabetização de todas as crianças de até oito anos.

Callegari chega com a aprovação do maior sindicato municipal docente, de educadores e do atual titular da pasta, Alexandre Schneider (PSD). A escolha foi confirmada ontem por Haddad.

"[A prioridade] mais evidente e urgente é que São Paulo cumpra as metas do Ideb", disse Haddad, referindo-se ao indicador federal que considera o aprendizado dos alunos e as taxas de aprovação.

"São Paulo foi uma das poucas capitais que não cumpriram as metas de quinto e nono anos. Se a gente quiser ter competitividade e continuar atraindo investimentos, a educação é chave", disse.

Secretário de Educação Básica do MEC desde o início deste ano, Callegari disse à Folha que buscará alfabetizar todas as crianças com até 8 anos (3º ano do fundamental). Dados da prefeitura indicam que 20% desses alunos não atingiram o nível.

No ministério, ele desenvolveu um programa específico para alfabetização, que prevê bolsas para professores que participarem de formação aos sábados, e materiais didáticos especiais.

Ainda na gestão Gilberto Kassab (PSD), a prefeitura já havia decidido aderir ao programa, a ser iniciado em 2013.

"O sucesso dele na prefeitura dependerá muito do sucesso na alfabetização, pois utilizará um programa que ele mesmo criou no MEC", disse Priscila Cruz, diretora da ONG Todos pela Educação.

HISTÓRICO

Callegari já foi deputado estadual e secretário de Educação de Taboão da Serra (Grande São Paulo), onde sua gestão foi premiada internacionalmente com um programa de visitação de professores a casas de estudantes.

O sociólogo foi a segunda opção de Haddad para a pasta. A primeira foi Cleuza Repulho, secretária de São Bernardo do Campo, no ABC.

Segundo o prefeito eleito, pesou o fato de Repulho perder a presidência da Undime (entidade que reúne secretários municipais de Educação) caso mudasse de gestão.

A desistência do nome, porém, só ocorreu após a Folha informar que Repulho é ré em processo que investiga desvio de verba pública.


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