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Após ataques, UPPs terão núcleos de inteligência

PM foi baleado na cabeça, anteontem, no Alemão; policiais afirmam receber ameaças

DIANA BRITO DO RIO

O comando da Polícia Militar do Rio deve criar, até o final de fevereiro, núcleos de inteligência nas UPPS (Unidades de Polícia Pacificadora).

O objetivo é intensificar a fiscalização após os ataques contra PMs no Complexo do Alemão, zona norte do Rio.

A Coordenadoria de Polícia Pacificadora afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que já conta com 20 policiais no Setor de Inteligência das UPPs, centralizado no bairro de Bonsucesso, nas imediações do Alemão. A ideia é ampliar e distribuir o serviço em todas as 28 UPPs.

De acordo com a PM, cada unidade terá ao menos cinco policiais voltados para o serviço de inteligência. Eles serão selecionados em processo administrativo e receberão treinamento para o trabalho.

Anteontem à noite, o cabo Fábio Barbosa, 38, foi baleado na cabeça quando realizava uma ronda de rotina com colegas da UPP numa localidade conhecida como Areal, também no conjunto de favelas do Alemão.

Até o final da tarde de ontem, Barbosa havia passado por cirurgia e permanecia internado em estado grave na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) do Hospital Central da Polícia Militar, no Estácio, zona norte. Nenhum criminoso foi preso.

Em julho, a policial Fabiana Aparecida de Souza, 30, morreu atingida por um tiro de fuzil num ataque à UPP da comunidade Nova Brasília, também no complexo.

AMEAÇAS

Policiais militares ouvidos pela Folha afirmam que recebem ameaças constantes do tráfico local. De acordo com eles, moradores são emissários de recados de que haverá novos ataques à UPP Nova Brasília às vésperas do Natal e do Réveillon.

"Vira e mexe passa um morador dizendo para não ficar de bobeira porque a bandidagem vai dar revide", disse um policial à reportagem.

Os PMs afirmam também que recebem denúncias diárias de circulação de armas pesadas no conjunto de favelas da zona norte do Rio.

Há uma semana, uma equipe do jornal carioca "O Dia" recebeu bilhete de policiais militares das UPPs locais dizendo que "nada mudou" e que continuam fazendo vista grossa aos mototaxistas que atuam para o tráfico.

Amedrontados, os policiais afirmam que são alvos fáceis de criminosos porque não conhecem bem os becos e vielas das favelas.


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