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Polícia prende pastor suspeito de comandar rede de agiotagem
Evangélico, que nega acusação, integraria uma das maiores milícias do Rio de Janeiro
Uma investigação da polícia do Rio de Janeiro apontou um pastor evangélico como comandante de uma rede de agiotagem montada por uma das maiores milícias da cidade, a Liga da Justiça.
De acordo com a polícia, Dijanio Aires Diniz, o Pastor, usava as dependências da Igreja Pentecostal Deus é a Luz, em Campo Grande, zona oeste, como escritório.
Na manhã de ontem, a polícia fez buscas no local, mas não o encontrou. À tarde, ele se apresentou. "Sou homem de Deus. Isso tudo é mentira. Estou aqui para provar minha inocência", disse aos jornalistas antes de ser levado para o presídio Bangu 1.
Uma escuta telefônica o flagrou ameaçando um homem que pegou R$ 50 mil emprestados e que atrasaria o pagamento do mês. Disse que não adiantava ir à polícia "porque se chegar ao ouvido do Toni [ex-PM Toni Ângelo, chefe da Liga da Justiça], aí está tudo ferrado mesmo".
Ao todo, 11 suspeitos foram presos. O grupo atuava em cinco bairros da zona oeste carioca e cometia crimes como agiotagem, extorsão, ameaça, comércio ilegal de combustíveis e cobrança ilegal de "taxa de segurança".
A Liga foi criada pelos ex-políticos e irmãos Natalino e Jerônimo Guimarães. Quando foram presos, o comando passou para o ex-PM Ricardo Teixeira da Cruz, o Batman. Após sua prisão, Toni Ângelo de Aguiar assumiu o comando.