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"Ouvimos um chiado e, quando vimos, o fogo já estava no teto"

DE SÃO PAULO

"A gente estava almoçando quando só ouviu um chiado, como se alguma coisa estivesse queimando. Saímos para ver e o fogo já estava no teto do ônibus", disse o motorista da viação Sambaíba que conduzia o segundo ônibus incendiado ontem.

"Aqui nesse pedaço da zona norte ainda não havia acontecido ataque, mas a gente sempre teve medo. Aconteceu", disse E., 43.

Após deixar os últimos passageiros, ele estacionou o veículo no ponto final e foi almoçar na guarita da viação com o cobrador.

Foi nesse momento que um grupo jogou gasolina e ateou fogo. "Não vimos quem tacou fogo. Foi muito rápido", disse. Logo após o segundo ataque, PMs entraram em confronto com moradores da região, que usaram pedras como armas. No momento em que a Folha esteve na região, jovens passavam perto dos PMs jogando bombas caseiras. "Mas os PMs usaram bala de borracha também", disse um deles à Folha.

Há suspeitas de que um dos passageiros carbonizados seja um boliviano, mas até ontem ninguém havia comparecido ao IML para tentar reconhecer os cadáveres.

No Jardim Brasil moram imigrantes bolivianos que organizam feiras em ruas próximas aos ataques.

Mas ninguém confirmava ontem o sumiço de nenhum integrante da comunidade. "Muitos bolivianos não ficam aqui aos finais de semana. Só saberemos amanhã (hoje)", disse a cozinheira Elvira Zambrana, 53.


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