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De novo, PUC ignora conselho e mantém reitora

Reitoria diz que somente dom Odilo tem poderes de revogar nomeação de Anna Cintra

DE SÃO PAULO

Pela segunda vez em menos de um mês, a direção da PUC-SP ignorou uma decisão do Conselho Universitário e manteve no cargo de reitora a professora Anna Cintra.

Em reunião ontem, representantes de professores, alunos e funcionários, que formam o conselho, aprovaram um recurso dos estudantes de direito da PUC, que pedia a suspensão da lista tríplice dos candidatos à reitoria.

O pedido, alvo de ação na Justiça que obteve liminar anteontem para que fosse julgado pela comissão, argumentava que Anna Cintra e outros dois candidatos assinaram um documento se comprometendo a assumirem o cargo apenas se fossem os primeiros colocados nas eleições, o que não ocorreu -ela foi a terceira, e mesmo assim acabou sendo escolhida por dom Odilo Scherer, grão-chanceler da universidade.

Em nota divulgada ontem, a direção da PUC julgou "incoerente" a decisão do conselho suspendendo a lista tríplice, pois há quase 90 dias o mesmo órgão havia aprovado os três nomes.

Na prática, a decisão do conselho teve a seguinte linha de raciocínio: ao descumprir o que havia assinado, Anna Cintra teria desrespeitado o patrimônio moral da instituição, o que é proibido pelo estatuto da PUC. Sendo eliminada da lista, ela não poderia ser mais candidata. Daí a necessidade de convocação de novas eleições.

"Como a lista tríplice foi suspensa, Anna Cintra não pode mais nem ser considerada candidata ao cargo. Tecnicamente, quaisquer atos dela como reitora são nulos", afirmou André Paschoa, 22, presidente do Centro Acadêmico de Direito da PUC.

O recado dado pela direção da PUC, por meio de nota, aos estudantes e aos professores que são contra a nomeação de Anna Cintra, e que estão em greve há um mês, é bastante claro.

"Sendo a PUC-SP uma universidade comunitária-privada, somente o grão-chanceler [no caso, o arcebispo Dom Odilo Scherer], como instância de deliberação máxima, tem poderes para revogar a nomeação da Reitora, nos termos de seus estatutos."

Segundo uma estudante da comissão de greve, das 22 pessoas presentes na reunião, 21 votaram pela suspensão e uma se absteve.


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