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Paralisação afeta os principais serviços do Poupatempo da Lapa

Funcionários terceirizados reivindicam reajuste salarial; atendimento está parado há quatro dias

Segundo sindicato, salário pago é pior entre todas as unidades; governo do Estado diz que notificou consórcio

ANDRÉ MONTEIRO DE SÃO PAULO

Os principais serviços oferecidos no Poupatempo da Lapa, na zona oeste de São paulo, estão suspensos há quatro dias. O motivo é uma greve dos funcionários terceirizados que fazem o atendimento na unidade.

Ontem, quem procurou o posto para renovar a carteira de habilitação ou o RG, por exemplo, não conseguiu.

"Vim a pé desde a estação Lapa, com sol forte na cabeça. Cheguei aqui e nada. É complicado", afirmou Vilma Almeida Silva, 33, moradora de Pirituba (zona norte).

Ela procurou o posto para renovar o RG. "Preciso do documento pra resolver um problema no banco. Sem ele estou lascada."

No Instituto de Identificação da unidade, somente 4 das 40 mesas estavam atendendo, mas só quem havia agendado horário antes da paralisação. Os agendamentos estão suspensos.

Também estavam vazias as mesas de atendimento do Detran e das secretarias do Emprego e da Fazenda.

O posto, inaugurado em março, atendeu cerca de 3.000 pessoas por dia em outubro. Nesta semana, a média diária caiu para 2.000.

O Sindeepres, sindicato que representa a categoria, afirma que 90% dos funcionários da unidade aderiram à paralisação. Já o governo diz que 35% estão trabalhando.

A entidade diz que os funcionários, contratados pelo consórcio Poupatempo Lapa, têm o pior salário entre as 31 unidades do Poupatempo em todo o Estado.

Eles recebem R$ 663, mas reivindicam piso de R$ 953.

Segundo o sindicato, a empresa ofereceu aumento de R$ 100 e reajuste de 1% ao mês até maio, quando é definido o dissídio da categoria.

Na tarde de ontem, grevistas fizeram apitaço no local.

Uma nova manifestação está marcada para hoje, e os grevistas aguardam o agendamento de uma reunião de negociação com a empresa. A greve é por tempo indeterminado, diz o sindicato.

OUTRO LADO

A Secretaria de Gestão Pública, responsável pelo Poupatempo, disse que "todos os cidadãos que tinham serviços agendados na unidade foram atendidos. Os demais, havendo disponibilidade, também conseguem realizar os serviços".

A secretaria afirma ainda que as negociações trabalhistas são de responsabilidade do consórcio, mas que notificou a empresa "para que tome as providências cabíveis quanto à normalidade do andamento do posto, sob risco de penas contratuais".

Nenhum representante da empresa Terracom, líder do consórcio, foi localizado até a conclusão desta edição.


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