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Foco

Marquise do Ibirapuera reabre com restrição a skates e patins

Julia Chequer/Folhapress
Garoto anda de skate na marquise do parque Ibirapuera, que reabre hoje ao público
Garoto anda de skate na marquise do parque Ibirapuera, que reabre hoje ao público
DE SÃO PAULO

A marquise do Ibirapuera reabre hoje com uma série de regras para reduzir acidentes e melhorar o convívio entre os frequentadores. Uma delas é a restrição ao uso de patins e skates aos domingos e feriados, das 12h às 18h.

Após reforma que durou três anos e consumiu R$ 14 milhões, a marquise José Ermírio de Moraes teve a parte central demarcada com adesivos indicando o espaço para uso de skates e patins.

Com área de 27 mil m², o local foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012), e é reduto de skatistas e patinadores.

As regras da prefeitura foram feitas em conjunto com a Confederação Brasileira de Skate e a Associação Mundial de Freestyle Skateboard.

O contorno e as "pontas" da marquise foram reservados aos pedestres.

Os praticantes de longboard (skate de prancha maior) serão orientados a procurar outros locais no parque. Já os ciclistas devem ir para as ciclovias ou ciclofaixas.

TESTES

Na tarde de ontem, funcionários ainda retiravam materiais da reforma e faziam a limpeza. Também instalavam os novos adesivos, que traziam as palavras "valorize", "respeite" e "conviva".

Alguns skatistas não aguentaram esperar a reabertura e já testavam o novo piso, que precisou ser aprovado pelos órgãos de patrimônio histórico.

Foram feitos vários testes com concreto até que se chegasse ao tom mais próximo ao do piso de 1954, quando o parque foi inaugurado.

"Antes tinha bastante buraco, pedras soltas. Agora ficou bom", disse Miguel Almeida, 38, skatista que frequenta o espaço há 24 anos.

"Espero que conservem o local e respeitem as regras, principalmente no fim de semana, quando aconteciam mais acidentes."

A obra foi concluída com quase um ano de atraso -o primeiro prazo de entrega era para 25 de janeiro.

As antigas luminárias retangulares, a maioria depredada, desapareceram. No lugar estão lâmpadas de LED.

Também não há mais manchas amarelas ou esverdeadas no teto, que foi imper-

meabilizado com duas camadas de proteção e deve resistir a, no mínimo, cinco anos sem problemas de infiltração.

Os banheiros foram reformados e um vão de 20 centímetros foi deixado entre as suas paredes e o teto para marcar que eles não compõem a estrutura original.

"Não tem outra área com esse piso e essa iluminação para praticar skate em São Paulo. Vamos acompanhar a durabilidade e a manutenção", diz Per Canguru, 41, skatista freestyle.

"É difícil fiscalizar as regras, mas nós mesmos vamos ficar de olho e orientar."


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