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Rodovia se prepara para 'invasão' no fim do ano

Sistema Anchieta-Imigrantes, que liga São Paulo ao litoral, espera pico de movimento de veículos

ELVIS PEREIRA DE SÃO PAULO

O pior está por vir. O feriado do Ano-Novo é o mais movimentado de todos no sistema Anchieta-Imigrantes, o principal acesso às praias paulistas. Neste fim de ano, o pior dos piores já tem data marcada: 29 de dezembro, para quem desce, e 1º de janeiro, na volta à capital. Nesses dois dias, o número de veículos nas estradas deve dobrar.

A Folha acompanhou o sistema em dois feriados de novembro para ajudar na escolha dos melhores horários para as viagens deste fim ano (veja quadro ao lado).

O sistema foi inaugurado em 1947, com duas faixas da Anchieta. Ampliações ocorreram, a Imigrantes surgiu em 1976 e hoje são dez faixas. Mesmo assim, elas parecem poucas diante do volume de carros. Em 2011, foram 31,9 milhões -um recorde.

"Essas grandes concentrações exigem operações que você não encontra em nenhum outro sistema rodoviário do país", diz José Carlos Cassaniga, diretor-superintende da Ecovias, concessionária que administra as estradas desde 1998.

A principal é a inversão de sentido das pistas. Em dias normais, o esquema é o 5 x 5: cinco faixas descem e cinco sobem a serra. Duas pistas são reversíveis e podem ser utilizadas conforme a demanda.

É daí que saem as operações descida e subida. Na primeira, sete faixas levam à praia; na outra, oito rumam à capital.

Em grandes feriados, a Ecovias chega a escalar 568 funcionários, quase 20% a mais. Nesta época do ano, o total de guinchos quadruplica.

Mas tudo isso tem um preço. O pedágio de um bate-volta para o Guarujá, a uma hora da capital, custa R$ 31. A Ecovias diz que o valor é o mesmo de outras rodovias.

Há promessas de alívio nos congestionamentos. Porém, só a partir de maio do ano que vem, prazo previsto para a entrega da quinta faixa da pista norte da Imigrantes, entre os km 26 e 39, em São Bernardo do Campo (Grande São Paulo).

O trecho está entre os piores gargalos do sistema. Perde só para o trevo do km 55 da Anchieta e parte da Cônego Domênico Rangoni -que devem ter obras concluídas em 2014.

O custo das mudanças será da Ecovias, que recebeu do governo paulista mais 18 meses de contrato. Assim, poderá gerir o sistema até 2025.

NA MÃO

A cena de veículos quebrados é rara na descida. Já na subida... "Onde mais quebra é no trecho de serra", diz Christian Barros, analista da Ecovias. Isso ocorre por falta de manutenção -o carro não passa no teste da subida.

O descuido com a documentação pode implicar em apreensão e pátio -"radares inteligentes" informam se o licenciamento está em dia ou se há queixa de roubo ou furto.

A família de Antônio Lourenço, 54, foi flagrada com o licenciamento vencido. "Vou ter de descer de novo para buscá-lo", disse o filho Danilo, 29.


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