Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Poucos, ciclistas aprovam 'passeio molhado' na Paulista

Munidos de capas, roupas impermeáveis ou só coragem, pequenos grupos de paulistanos enfrentam a chuva

Público muito baixo, no entanto, irrita alguns motoristas, que pegam trânsito pesado ao lado de ciclofaixa deserta

Daniel Guimarães/Frame/Folhapress
Ciclista pedala sozinho na ciclofaixa da avenida Paulista no final da noite de anteontem
Ciclista pedala sozinho na ciclofaixa da avenida Paulista no final da noite de anteontem
DE SÃO PAULO

A chuva fez a maior parte dos ciclistas paulistanos de lazer ficar em casa, na primeira experiência de um final de semana com ciclofaixa aberta durante a noite e a madrugada na avenida Paulista.

Mas alguns não se intimidaram. Munidos de capas de chuva ou só de coragem, curtiram o passeio molhado e não reclamaram da sorte.

Os mais empolgados até acharam que a chuva tornou o trajeto ainda melhor. "Não atrapalhou, pelo contrário, é mais divertido", disse a assistente administrativa Camila Gilberti, 33, por volta das 23h do sábado, sob garoa forte.

"Não aguentei, tive que pegar a bike e vir pedalar", explicava um ciclista aos "bandeiras", monitores que ajudavam a orientar os usuários.

O "bandeira" Carlos de Magalhães, 46, tentou explicar o fenômeno. "O pessoal quer deixar registrado no Facebook que esteve na inauguração da ciclofaixa à noite."

O certo é que, até por volta da meia-noite de sábado, o movimento de ciclistas era, embora pequeno, contínuo.

A estudante Virgínia Antonioli, 23, e seu pai, Cláudio, 59, percorreram em dupla a avenida e pretendiam ir até o parque Ibirapuera, "se parar de chover", pelo outro trecho de ciclofaixa aberto.

Mas, com a falta de luz nas imediações do parque, a CET começou a remover, por volta da 0h30, os cones da ciclofaixa que passava por avenidas como a Domingos de Morais e a Indianópolis.

Alguns motoristas ficaram contrariados por ter de enfrentar mais de 40 minutos de trânsito para atravessar a Paulista enquanto a ciclofaixa estava praticamente vazia.

Especialmente depois da meia-noite, quando ficou claro que havia mais pessoal da organização circulando de bicicleta do que ciclistas.

O português Fernando Albuquerque, 44, que trabalha como gerente comercial em São Paulo, amargou o trânsito pesado para voltar para casa no sábado e não entendeu a ciclofaixa no horário. "Acho que faz mais sentido durante o dia. À noite, o pessoal quer passar e ficam só três faixas para os carros circularem."


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página