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O último que sair... acenda a luz

Há oito meses, postes em frente ao Masp passam parte da noite apagados

GIBA BERGAMIM JR. DE SÃO PAULO

É Natal e a avenida Paulista brilha em meio à profusão de luminárias piscantes, enfeites, Papai Noel e presentes. O espírito natalino, porém, só não vale para quem passa em frente ao Masp durante a noite.

Ali, a escuridão impera há oito meses, segundo funcionários do museu, sempre entre as 20h e a meia-noite. Ontem, às 21h15 nem um fio de luz se via nos postes que iluminam o acesso ao museu.

O problema acontece no ano seguinte à inauguração do novo sistema de iluminação da Paulista, entregue em janeiro de 2011.

Não havia luz, por exemplo, quando o príncipe holandês Maurits Van Orange-Nassau esteve ali para o vernissage que recebeu a obra "Mulher de Azul Lendo uma Carta", de Johannes Vermeer (1632-1675), na quarta passada.

Na chegada do príncipe, não houve problema, já que a direção do museu o recebeu às 18h30, à luz do sol do horário de verão. Mas a saída, por volta das 20h30, foi no breu, onde só se viam as luzes dos carros que passavam.

"No momento em que as pessoas temem a violência na cidade, a falta de iluminação gera muito desconforto", disse Paulo Alves, assessor de comunicação do Masp.

Entre a noite de quinta-feira e a madrugada de sexta, a Folha também esteve na região. Às 22h30, os dois postes de luz em frente ao Masp estavam apagados, diferentemente do restante da avenida.

Às 2h da sexta, porém, as luzes estavam acesas.

Após questionarem a prefeitura, funcionários do museu foram informados de que havia uma falha no sensor que aciona as luzes assim que anoitece. Com isso, as luzes só se acendem à meia-noite.

De abril para cá, dizem os funcionários, foram cerca de 20 telefonemas e uma sequência de ofícios ao Ilume (departamento de iluminação pública). Sem resultado.

Segundo Douglas Henrique, 20, a falta de iluminação espanta até mesmo os clientes do bar em que trabalha, quase em frente ao museu. "Os clientes reclamam e acabam indo embora", diz.

"Local mal iluminado é propício à ação de delitos", diz o capitão Cleodato Moisés, porta-voz da PM. Porém, entre outubro e novembro, diz, houve queda de 34% nos roubos no entorno Masp.

Segundo ele, há diariamente 50 PMs a pé na Paulista e uma base comunitária em frente ao parque Trianon. Após ser questionada, a prefeitura informou ontem que foi detectada uma falha, o que seria resolvido no mesmo dia.


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