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Efetivo de guarda-vidas está incompleto

Entre os fatores que dificultam seleção estão a carga horária de trabalho e o salário, que varia entre R$ 800 e R$ 1.000

Em São Sebastião, das 110 vagas abertas, só 38 foram preenchidas; 7 praias podem ficar sem reforço no verão

DA ENVIADA AO LITORAL NORTE

Em pleno início da temporada de verão e com praias já cheias, o governo do Estado de São Paulo e prefeituras do litoral paulista ainda suam para encontrar guarda-vidas.

A temporada deve começar sem todo o efetivo planejado para atuar nas praias.

A baixa participação ou a falta de candidatos habilitados fez com que concursos tivessem que ter as inscrições reabertas ou prorrogadas.

De 800 vagas ofertadas pelo Estado para guarda-vidas temporários, cerca de 300 não foram preenchidas. Com isso, o Corpo de Bombeiros teve que abrir novo concurso e iniciar a operação verão sem todos os funcionários.

Entre os fatores que pesam para a dificuldade em selecionar estão a carga horária de trabalho e o salário, que varia entre R$ 800 e R$ 1.000 para 40 horas semanais.

"Qualquer serviço na praia paga muito mais durante a temporada", diz um guarda-vidas de São Sebastião, que preferiu não se identificar.

O problema ocorre em meio à maior operação verão já prevista para o litoral: serão 1.849 guarda-vidas para atuar em 14 cidades, segundo os bombeiros.

A dificuldade para a seleção é percebida principalmente nas vagas financiadas pelo governo estadual, mas atinge também prefeituras, como a de São Sebastião.

Entre as 14 cidades com vagas abertas para o concurso da rede estadual, apenas três finalizaram as contratações no primeiro concurso: Ilhabela, São Vicente e Santos.

As demais cidades ainda esperam completar o quadro de guarda-vidas temporários.

Em São Sebastião, um dos destinos mais procurados do litoral, das 110 vagas ao todo, só 38 foram preenchidas.

NÚMERO INSUFICIENTE

Comandante de salvamento de São Sebastião, o tenente Newton Krüger Tallens Junior admite que o número atual de guarda-vidas é insuficiente. Segundo Krüger, a dificuldade na seleção aumenta a cada temporada.

"No primeiro concurso, de 48 inscritos, só compareceram 11, e só passaram 6. Os outros 4 aprovados vieram de Ilhabela", conta.

Ao menos sete praias de São Sebastião devem iniciar esta temporada sem guarda-vidas temporários.

São elas: Paúba, Toque Toque Pequeno, Toque Toque Grande, Boiçucanga, Juréia, Barra do Una e Boracéia (São Sebastião).

"Como não conseguimos permanecer em todas as praias, focamos nas mais perigosas, definidas pelo risco causado pelo mar e pelo comportamento e número de frequentadores", afirma Krüger.

Outras praias, como Baleia e Barra do Sahy, contam com guarda-vidas particulares, contratados por associações de moradores.

O Corpo de Bombeiros diz que a demora na contratação já era prevista "devido à especificidade dos requisitos".

A seleção envolve testes físicos, como natação e corrida, prova teórica e um curso de treinamento por duas semanas. Segundo os bombeiros, a previsão é trabalhar com o número completo de guarda-vidas no Carnaval.


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