Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo.

ilustrada em cima da hora

Multidão se despede de Dona Canô na Bahia

Segundo PM, 5.000 foram a enterro

NELSON BARROS NETO ENVIADO ESPECIAL A SANTO AMARO (BA)

Cerca de 5.000 pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar da Bahia, participaram do enterro de Dona Canô no final da manhã de ontem, em Santo Amaro (a 67 km de Salvador).

A mãe dos cantores Caetano Veloso e Maria Bethânia morreu na manhã de Natal, aos 105 anos, dez dias após sofrer uma isquemia cerebral.

Sob sol forte, a multidão acompanhou o trajeto de quase meia hora entre a Igreja de Nossa Senhora da Purificação, onde houve uma missa, e o cemitério local.

Bethânia, uma das mais abatidas, ajudou a carregar o caixão em todo o percurso. Caetano só apareceu à frente da marcha nos instantes finais. Nenhum dos dois falou com a imprensa.

Políticos como o prefeito eleito de Salvador, ACM Neto (DEM), também compareceram. Clarindo Silva, dono do restaurante Cantina da Lua, um dos pontos mais tradicionais do Pelourinho, fez um discurso improvisado: "Represento o Centro Histórico de Salvador, que Canô tratava tão bem".

Houve uma pequena confusão com fotógrafos que subiram em alguns túmulos para fazer imagens do sepultamento. Um deles caiu dentro de uma lápide e ficou com a perna ensanguentada.

Canô deixou outros cinco filhos, nove netos, seis bisnetos e mais de cem afilhados.

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), esteve no velório, de madrugada, e disse ter retribuído visita de Caetano quando seu avô, o ex-governador Miguel Arraes, morreu no Recife, em 2005.

Nas ruas da cidade, de cerca de 20 mil habitantes, o receio geral é que Santo Amaro seja esquecida. Dona Canô promovia eventos, atraía mídia e ajudava a população com reformas e doações.

"Agora, Santo Amaro acabou. A gente só era conhecido graças a ela", disse a doméstica Dinair de Jesus, 36.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página