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Análise

Fim do drama das enchentes depende de ações de longo prazo

EDUARDO GERAQUE DE SÃO PAULO

Com a repetição anual do enredo, nem o mais demagogo dos políticos ousa dizer que acabará com as enchentes ou deslizamentos de terra em sua localidade. Mas será que esse longa-metragem de terror não tem mesmo fim?

Com medidas estruturais de médio e longo prazo tem, mas falta vontade política.

Não adianta dizer que choveu muito. Grandes chuvas de verão sempre vão ocorrer em um país tropical.

É crime ambiental, por exemplo, ocupar margens de rios ou encostas íngremes, zonas que deveriam estar totalmente preservadas. Qualquer político sério deveria começar a traçar um plano de desocupação dessas regiões. Talvez eles comecem a fazer isso quando forem julgados como criminosos ambientais.

Mas há alguns avanços. Hoje, duas ações fundamentais, ao que parece, começam a ser levadas mais a sério pelo poder público -o monitoramento das chuvas e a organização da Defesa Civil.

O governo federal criou há mais de um ano o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), centro formado por uma equipe de primeira linha, mas que, numa projeção otimista, só estará realmente presente em todas as áreas de risco em dois anos. Ainda não atua, por exemplo, em Duque de Caxias (RJ).

Não adianta, também, saber que vai chover nesta ou naquela região, se não existir uma Defesa Civil estruturada.

No Rio de Janeiro, a situação da Defesa Civil na região serrana melhorou após as mais de 900 mortes em 2011.

E os moradores precisam fazer sua parte. Não podem sempre achar que "Deus é brasileiro" e simplesmente ignorar os alertas emitidos pelos sistemas de controle.


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