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Mal avaliados, cursos do Mackenzie e da PUC-SP serão punidos

Arquitetura do Mackenzie e história e geografia da PUC não poderão ampliar o número de vagas no vestibular

Indicadores mostram que houve boicote de alunos da PUC a provas; Mackenzie diz que desempenho é 'atípico'

FÁBIO TAKAHASHI FERNANDA PEREIRA NEVES DE SÃO PAULO

O Ministério da Educação divulgou ontem uma lista adicional de 38 cursos que sofreram punição por terem recebido notas baixas na avaliação federal. Entre eles estão arquitetura do Mackenzie e história e geografia da PUC-SP.

Numa escala de 1 a 5, eles ficaram com 2 no CPC (Conceito Preliminar de Cursos), indicador que considera notas dos alunos em provas, perfil dos docentes e condições de infraestrutura.

Esses cursos estão proibidos de aumentar o número de vagas no vestibular, mas podem manter a quantidade já oferecida. Outras escolas haviam sido punidas em dezembro.

Os subindicadores divulgados pelo MEC indicam que, no caso de história e geografia da PUC-SP, houve boicote generalizado dos alunos-a universidade teve outros 14 cursos com notas boas.

Na arquitetura do Mackenzie -que teve 18 outros cursos com boa avaliação-, pode ter havido protesto, mas isso não está claro. Os dados mostram ainda que o curso tem menos professores em tempo integral que as escolas com boas notas.

O curso do Mackenzie foi um dos pioneiros do país e formou alguns dos principais profissionais brasileiros, como Paulo Mendes da Rocha.

Estão ainda na lista cursos de outras PUCs (Campinas, Goiás e Minas) e de institutos federais, como os de Roraima, Ceará, Pará e Fluminense.

Os dados do governo mostram que os alunos de geografia da PUC-SP tiveram média 7,5 em formação geral na prova do Enade, ante 71,8 dos da Unicsul (o melhor do país).

Tradicionalmente, os alunos de áreas de humanas da PUC-SP boicotam o Enade -entregam em branco ou "chutam" as respostas. Eles protestam contra o fato de a prova ser o principal fator para avaliar o curso superior.

Já os dados referentes ao corpo docente da geografia da PUC-SP são positivos: 79% têm doutorado e 93% dedicação integral. No melhor curso do país, são 29% e 86%.

Na arquitetura do Mackenzie, a média dos alunos foi de 43,3, ante 74,1 da Unip (a melhor do país na área). Outro indicador que puxou a nota geral para baixo foi a proporção de professores com dedicação integral: 34%; na Unip, 94%.

OUTRO LADO

O Mackenzie informou em nota que o curso de arquitetura e urbanismo teve um "desempenho atípico" e que foi criada uma "comissão interna de avaliação para realizar o estudo aprofundado desses indicadores".

Já a PUC-SP disse que "avaliará todos os componentes que levaram ao resultado não adequado" e que buscará melhorar o que for necessário.


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