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Haddad pede 'trégua' a grupos sem-teto

Em reunião com líderes do movimento, prefeito pede ponderação e diz que administração está aberta ao diálogo

Em oito dias, petista enfrenta duas invasões no centro, uma delas no prédio prometido para o Instituto Lula

DE SÃO PAULO

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), se reuniu ontem com dirigentes de movimentos de sem-teto e pediu trégua nas ocupações de edifícios na cidade.

Haddad assumiu na semana passada e já assistiu a um protesto de sem-teto e duas invasões de prédios desocupados na região central.

As ocupações foram na madrugada de anteontem. Um dos prédios, na cracolândia, está prometido pela prefeitura para o Instituto Lula, que pretende construir ali um memorial à democracia.

Segundo a prefeitura, pelo menos 20 prédios estão ocupados na cidade.

Haddad não usou a palavra trégua, mas deixou claro que o diálogo com a prefeitura está aberto, não havendo necessidade de pressão.

"Eu pedi a ponderação do movimento, porque o diálogo está aberto. Estamos sob uma nova administração. Primeiro movimento organizado que eu recebo é o movimento de habitação. Quero crer que eles vão saber reconhecer esse gesto simbólico como uma porta aberta permanentemente", disse.

Os líderes dos sem-teto não se comprometeram a suspender as ocupações, mas disseram que não estão colocando Haddad "na parede".

"As ocupações vão continuar ocorrendo. As áreas que não cumprem a função social da propriedade nós temos que fazer com que cumpram", afirmou Luiz Gonzaga da Silva, o Gegê, dirigente da CMP (Central de Movimentos Populares).

Para o prefeito, sua promessa de campanha de construir 55 mil casas populares na cidade em quatro anos de mandato e a garantia que os movimentos de moradia têm de que a prefeitura está trabalhando para isso "vai pacificar os espíritos".

PROPOSTA VETADA

Por outro lado, Haddad rejeitou uma das principais reivindicações dos líderes que participaram da reunião.

Eles queriam que 25 mil das 55 mil casas prometidas para a atual gestão fossem destinadas aos sem-teto.

Haddad afirmou que não vai "segmentar" a promessa que fez durante a campanha.

"Tenho de usar os instrumentos disponíveis e procurar atender, da melhor maneira possível, a população organizada, mas também aqueles que estão desorganizados", afirmou Haddad.

Ele disse, no entanto, que vai ajudar os grupos a buscar recursos no governo federal para a construção de casas populares no programa chamado Minha Casa Minha Vida - Entidades, destinado a cooperativas e associações de moradores.


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