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Mairy de Sant'Anna e Narvaes (1936-2013)

Advogada, empresária e fotógrafa

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

O marido, Antonio Narvaes, vivia fotografando a mulher, Mairy de Sant'Anna e Narvaes, mas Mairy não fotografava Antonio de volta. Ela dizia não saber mexer na câmera nem controlar o foco e a luz.

Há cerca de 15 anos, durante uma temporada num spa, ela teve aulas de fotografia. E nunca mais parou de clicar.

Gostava de capturar imagens de "pessoas em momentos insólitos" e de "paisagens com dinâmica", como lembra o marido. Antonio virou seu carregador de equipamentos.

Mairy era natural de Santa Branca (SP), cresceu na roça e estudou numa escola rural.

Decidiu estudar direito na USP quando já tinha dois filhos do primeiro casamento. Formou-se em 1970, aos 34 anos.

Era culta, politizada e contestadora, como conta Antonio, o segundo marido -com ele, que é médico, teve o terceiro e último filho. Durante a ditadura, emprestava o carro para militantes de esquerda.

Atuou como advogada por alguns anos, no próprio escritório, até resolver se tornar empresária -achava a atividade mais criativa. Por cerca de 20 anos, teve uma confecção.

Nos últimos anos, gostava de viajar com o marido para fotografar. Para Antonio, porém, mais importante que a fotografia para a mulher era sua atividade filantrópica.

Mairy ajudou uma creche e um asilo em Santa Branca e já fez campanha para auxiliar vítimas de um desabamento em Caraguatatuba (SP).

Sua última viagem foi em maio de 2012, para Galápagos. Na volta, começou a ter problemas respiratórios.

Morreu na quarta (2), aos 76, devido a um tumor. Teve três filhos (um deles morreu nos anos 90) e três netos.


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