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Dívidas atrasam preparação de escolas de samba do Rio

No vermelho, tradicionais Portela e Mangueira ainda estão com os carros alegóricos em fase inicial de montagem

DIANA BRITO DO RIO

Falta um mês para o Carnaval, e os carros alegóricos da Portela e da Mangueira, dois dos maiores símbolos da festa no Rio, estão estacionados em seus barracões ainda em fase inicial de montagem.

Afundadas em dívidas, as duas agremiações estão com a organização de seus desfiles atrasada. A situação já preocupa a Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba), responsável pelos desfiles no sambódromo.

A origem do drama das duas escolas é a mesma: o dinheiro que todo ano a Petrobras repassa -e que é dividido entre as agremiações do grupo especial pela própria Liesa- ainda não chegou.

A culpa é da Mangueira, como afirma o presidente da liga, Jorge Castanheira. Segundo ele, a escola foi a única que não prestou contas dos gastos feitos com o dinheiro da estatal. Por isso, o patrocínio para 2013 não foi liberado.

Em situação econômica mais frágil do que as outras agremiações, as duas escolas tradicionais dependem muito dos recursos da Petrobras para preparar os desfiles.

"A liga está entrando no circuito para evitar desvantagem e prejuízo na qualidade do espetáculo", disse Jorge Castanheira à Folha.

Desde segunda a reportagem tenta contato com a direção da Mangueira, sem sucesso. Nenhum dos pedidos de entrevista feitos à assessoria da escola e ao presidente, Ivo Meirelles, obteve retorno.

PRESTAÇÃO DE CONTAS

Na Portela, a situação não é muito diferente.

Por causa de problemas na prestação de contas de patrocínios recebidos dos ministérios do Turismo e do Esporte, a escola foi incluída no Cepim (Cadastro de Entidades Privadas Sem Fins Lucrativo Impedidas), de acordo com informações da CGU (Controladoria Geral da União).

Isso significa que ela não pode, por exemplo, conseguir mais patrocínios federais ou se beneficiar da Lei Rouanet.

Segundo a CGU, há irregularidades na prestação de contas de R$ 525 mil recebidos do Ministério do Turismo para o Carnaval de 2006; e de R$ 1,8 milhão vindos do Ministério do Esporte, para o Carnaval 2007, quando a escola apresentou um enredo sobre os Jogos Pan-Americanos no Rio.

Além disso, a Portela tem uma dívida de R$ 292.750 com a Cedae (Companhia Estadual de Água e Esgoto).

O vice-presidente da agremiação, Nilo Figueiredo Júnior, admite que a escola passa por uma fase complicada, mas afirma que quitou todas as dívidas.

"É um momento difícil, não só para a Portela como para outras escolas. O que pode acontecer é a gente não fazer o Carnaval como o planejado", afirma.


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