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Nos antigos hotéis, disciplina rígida e toque de recolher são as regras

DE SÃO PAULO

Normas básicas regem a convivência dos sem-teto em antigos hotéis no centro: nada de drogas, armas, briga ou prostituição. A entrada é só até as 22h; depois disso, só quem trabalha ou estuda até tarde. E ninguém entra bêbado.

No Othon, na rua Líbero Badaró, os 800 sem-teto ocupam os 26 andares do antigo cinco estrelas desde outubro de 2012. A água não é potável e a energia elétrica não chega a todos os quartos.

Amanda Cunha, 15, sobe todos os dia com 20 litros de água no colo até o quarto andar, onde vive com a família.

É só em uma espécie de cova com dois poços, no térreo, que os sem-teto conseguem a água que fervem para tomar banho ou para cozinhar.

A invasão do hotel, fechado desde 2008, foi comandada pela Federação Pró-Moradia. O local está em fase de desapropriação -antes da invasão, era cogitado para abrigar setores da prefeitura, mas a gestão Haddad ainda não definiu o que será feito do local.

Em outra invasão, no hotel Cambridge, os moradores conseguiram levar luz a todos os quartos, mas o encanamento é um problema -os únicos banheiros disponíveis para as 200 famílias ficam no térreo.

Lá, todos são cadastrados. Muitos conseguem emprego após ter um "endereço fixo". E, nos quartos, acomodam sofás, cômodas e TVs -a maioria fruto do que eles chamam de "shopping de rua", ou seja, achados no lixo.


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