Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria
Outro lado
Saúde planeja mutirão contra fila de espera
Secretário José de Fillipi Júnior diz que é inadmissível tempo de espera para alguns procedimentos na rede
O secretário de Saúde José de Filippi Júnior afirmou à Folha que é "inadmissível" que haja procedimentos que demorem tanto tempo para serem realizados na rede.
Ele disse que estuda até realizar mutirões de atendimento e prolongar o horário dos médicos nas unidades.
Segundo ele, a principal promessa de campanha do prefeito Fernando Haddad (PT), a instituição da Rede Hora Certa, deverá começar a ser implementada no início do próximo mês.
O projeto prevê a construção de 31 equipamentos, um em cada subprefeitura, que serão uma espécie de hospital dia, onde será possível fazer exames e pequenas cirurgias. Isso, segundo ele, busca agilizar o atendimento e diminuir a fila de espera.
Ele não informou, no entanto, quantos desses equipamentos ficarão prontos até o final deste ano. Segundo ele, o projeto final vai ser apresentado para o prefeito no final deste mês.
Ele afirmou ainda que só teve acesso aos dados de fila na semana passada. E que a rede também fará um pente-fino nos dados.
Segundo ele, em alguns casos, a situação pode ser melhor do que a informada e, em outros, pode ser pior. Ele disse que alguns procedimentos podem não estar na lista.
"Vamos enfrentar a questão. É inadmissível que tenha exames que demorem até 35 meses", afirmou. "Precisa haver uma regulação de toda a equipe médica e precisamos fazer as coisas caminharem mais rápido", disse.
GESTÃO KASSAB
Procurada ontem à noite, a assessoria do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) não retornou à reportagem até a conclusão desta edição.
O ex-secretário da Saúde, Januario Montone, não foi localizado.
Por mês, a prefeitura afirma realizar aproximadamente 1,7 milhão de consultas, exames e internações.
Os 57 procedimentos cuja fila foi informada pela prefeitura, que são os realizados apenas com horário marcado, fazem juntos 633.628 atendimentos mensais.
A rede municipal é responsável por 99% dos procedimentos clínicos, cirúrgicos e diagnósticos realizados na rede pública da cidade, de acordo com dados do Datasus.
