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Costureiros de abadás sonham em usá-los

MÁRIO BITTENCOURT COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM CAETITÉ (BA)

Cotados a até R$ 2.070 no Carnaval de Salvador, os abadás que serão usados pelos foliões neste ano são fabricados a cerca de 700 km de distância da capital baiana por operários que sonham em vestir as peças que produzem.

Boa parte dos abadás -camisetas que servem de ingresso para camarotes e blocos- é confeccionada pela Fortiori. A fábrica, instalada em Caetité, fornece às principais festas, blocos e empresas do país há 20 anos.

Na semana passada, a Folha acompanhou o trabalho de 420 funcionários que correm contra o tempo para entregar 800 mil abadás. Num galpão sem ventilação, eles comandam em torno de 30 teares alemães. No ano passado, fizeram cerca de 1 milhão de peças em 45 dias.

João Paulo da Silva, 18, é um dos que trabalha pensando em um dia vestir um abadá. Mas, para isso, admite: "É preciso muita grana".

Os operários da fábrica ganham um salário mínimo (R$ 678), em média.

Enquanto cola adesivos em peças de um bloco, o colega Florismar Martins Rocha, 21, diz que não precisaria nem sair no bloco. "Só o fato de estar no povão, no meio da multidão, seria muito bom."

A costureira Maria de Fátima, 24, que faz o acabamento das peças, não fala em "curtir", mas diz que gostaria de "visitar o Carnaval", pois nunca saiu de Caetité.


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