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Turistas são 80% dos foliões em Salvador

Pacote para blocos e camarotes no Carnaval baiano custa até R$ 7.390; maioria dos forasteiros é paulista

Festa deve girar cerca de R$ 1,3 bilhão na economia; camarotes oferecem de massagem à comida japonesa

NELSON BARROS NETO DE SALVADOR

Folia para turista. Assim é o Carnaval em Salvador.

Organizadores estimam que até 80% dos abadás vestidos pelos foliões em alguns blocos e camarotes estão com pessoas de fora da capital baiana. São, em sua maioria, turistas de São Paulo, Rio, Distrito Federal e Minas.

A festa desses forasteiros, que chegam a pagar mais de R$ 7.000 por um pacote fechado, deve garantir um giro estimado de R$ 1,3 bilhão na economia da cidade.

O Camarote Salvador, que em sua propaganda promete "transformar sonhos (até mesmo os mais loucos) em realidade", é um dos que tem oito turistas a cada dez foliões.

Instalado no desfecho do circuito Barra/Ondina, o camarote cobra R$ 7.390 dos homens para os seis dias de festa. Mulheres pagam R$ 4.190.

Os serviços vão desde bebida e comida à vontade, com direito a buffet do restaurante japonês mais famoso da capital, a salão de beleza, massoterapia e boate com DJs.

De cada oito foliões que garantiram lugar no camarote, dez se declararam solteiros.

Entre os blocos, o mais procurados é o Me Abraça, puxado pela banda Asa de Águia, de Durval Lelys. Entre os foliões, 73% são de fora.

O pacote com os três dias de folia sai por R$ 1.225.

"Vou para o quarto ano seguido. A galera é um pouco mais comportada e temos segurança", diz a professora de pilates Melissa Santos, 33, paulista como 25% de seus membros. Os baianos mantêm a ponta; são 27%.

Os blocos puxados pelas estrelas do axé Ivete Sangalo -à frente do Coruja- e Claudia Leitte -que lidera o estreante Largadinho- também estão entre os que concentram boa parte dos turistas.

A proporção de foliões que chegam de fora para pular no Coruja e no Largadinho é de quase metade. Pouco menos que a do Camaleão, do grupo Chiclete com Banana, que tem 53% de turistas.

"Bell [Marques, do Chiclete] e Durval [do Asa de Águia] têm um histórico muito grande, musical e de vida. Esse histórico é que faz esse conceito", diz Ricardo Lelys, um dos diretores do Me Abraça.

A Secretaria de Turismo da Bahia espera ao menos 500 mil visitantes para o Carnaval. Desses, 30 mil devem vir de outros países, sobretudo EUA, Argentina, Espanha, Itália, França e Alemanha.

Um grupo de 600 pessoas está sendo treinado para ser guia e monitor dos visitantes.


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