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Corrida por internação faz Estado ampliar atendimento

Procura por ajuda a usuários de drogas surpreendeu o governo Alckmin

Estado anuncia mais leitos, funcionários e central telefônica; foram 18 internações, sendo uma compulsória

DE SÃO PAULO

A procura por internações de dependentes químicos surpreendeu o governo Geraldo Alckmin (PSDB), que foi obrigado a ampliar a estrutura de atendimento dois dias após o início do programa de internação compulsória.

Até a próxima semana, novos funcionários serão deslocados para o Cratod (Centro de Referência em Álcool, Tabaco e Outras Drogas), no Bom Retiro, e uma central telefônica que recebe ligações gratuitas será criada para esclarecer dúvidas de parentes de viciados.

Além disso, serão contratados 66 novos leitos específicos para esse público.

O anúncio foi feito ontem pelo governador e pelo secretário da Saúde, Giovanni Guido Cerri, após visitar o local.

O Cratod reúne médicos, juízes, promotores e defensores públicos, que analisam a situação do dependente e decidem pela internação.

Embora o objetivo fosse facilitar as internações compulsórias, quando o viciado vai para tratamento sem consentimento próprio ou da família, o Cratod atraiu inúmeros parentes e até mesmo usuários em busca de ajuda. "Houve uma corrida pela internação", disse Alckmin.

Nos três primeiros dias do plantão judicial que avalia a necessidade de fazer internações compulsórias, os funcionários do Cratod atenderam ao todo 127 pessoas -entre dependentes e parentes. Antes, eram atendidos em média quatro pacientes ao dia.

Do total de atendimentos, 18 pessoas foram internadas. Apenas uma dessas internações foi compulsória, três foram involuntárias e 14, voluntárias. Ao menos dois desses casos entraram no sistema à força, levados por parentes, mas acabaram convencidos pelos médicos que precisavam de tratamento.

Há ainda vários casos de parentes que tentaram internar viciados, mas que os médicos optaram pelo atendimento ambulatorial.

Ontem era comum ver moradores de cidades da região metropolitana sendo atendidas no centro destinado principalmente para quem mora na capital paulista.

"Vim na esperança de resolver o problema que mais me preocupa, que é o vício do meu filho em crack", afirmou Janicleide Xavier, moradora de Cotia e mãe de um dependente químico de 23 anos.

Segundo a Secretaria da Saúde, hoje há 691 leitos específicos para o tratamento de usuários de drogas. Cerca de 80% dessas vagas estão ocupadas. Nos próximos dias, serão entregues 56 leitos na capital e dez no interior.

Além disso, segundo Alckmin, se for necessário, o Hospital das Clínicas vai disponibilizar 20 leitos para esse fim. (AFONSO BENITES)


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