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Haddad engaveta plano de Kassab para a Luz

Prefeito decidiu não implantar projeto para a região da cracolândia, que custou R$ 14,6 milhões aos cofres públicos

Plano é considerado economicamente inviável; petista quer PPPs para revitalizar área do centro

EVANDRO SPINELLI DE SÃO PAULO

O projeto Nova Luz elaborado pela gestão Gilberto Kassab (PSD), que prevê a revitalização da cracolândia, no centro, foi abandonado pelo prefeito Fernando Haddad (PT), que decidiu buscar outra opção.

O plano de Kassab é considerado inviável economicamente pela nova gestão.

O custo era estimado em R$ 4 bilhões, entre desapropriações e obras de prédios e áreas públicas. A prefeitura bancaria entre R$ 355 milhões e R$ 2 bilhões para viabilizar o projeto, segundo cálculos que constam no projeto.

Para desenvolver o plano, foram gastos, na gestão Kassab, R$ 14,6 milhões.

Haddad agora aposta em projetos de PPP (parcerias público-privadas), mas em escala menor que os 45 quarteirões previstos até então.

O modelo a ser adotado é o que está em planejamento pelo Estado: empresas privadas apresentam propostas de construção de edifícios de uso misto, com comércio nos andares mais baixos e moradias populares nos demais.

Nesse modelo, Estado e prefeitura entram com R$ 20 mil cada um por apartamento, o programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, financia a construção e a empresa compra o terreno, constrói e explora as áreas comerciais.

O Estado lança em fevereiro as licitações para as primeiras 16 mil unidades. Nenhum projeto, no entanto, fica na região da cracolândia.

A expectativa da prefeitura é que, com o fim da ideia de concessão urbanística, construtoras se interessem em construir por conta própria, dentro do modelo proposto.

O assunto foi discutido nesta semana por Haddad e representantes do consórcio que elaborou o projeto Nova Luz. No encontro, os responsáveis pelo plano apresentaram a preocupação com a viabilidade financeira do projeto.

CONCESSÃO URBANÍSTICA

A ideia de Kassab era fazer no local uma concessão urbanística, ou seja, transferir para a empresa que vencesse a licitação o direito de desapropriar as áreas, construir os imóveis e revendê-los com lucro. Em troca, a empresa teria de fazer obras públicas.

Haddad é contra esse modelo. "Havia aspectos da Luz que me preocupavam. Por exemplo, delegar para o agente privado a possibilidade de ele tomar decisão a respeito dos bens a serem desapropriados."

Na reunião, porém, ele disse o projeto urbanístico tem méritos e que vai manter suas diretrizes para obras que eventualmente venham a ser feitas na região, como ciclovias.


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