Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Vaga de cotista no Sisu é mais concorrida que a 'comum'

Média é de 23,3 candidatos por vaga, ante 11,75 na ampla concorrência

Cerca de 30% das vagas oferecidas foram destinadas aos cotistas; lei determina mínimo de 12,5% neste ano

FLÁVIA FOREQUE DE BRASÍLIA

O candidato que disputou uma vaga reservada para cotistas no Sisu (Sistema de Seleção Unificada) encontrou o dobro da concorrência daquele estudante inscrito no sistema universal.

Do total de 1,95 milhão de inscritos no portal, 864,8 mil se identificaram como beneficiários da nova lei de cotas, destinada a alunos que cursaram todo o ensino médio na rede pública de ensino.

Esses alunos disputaram 37.147 vagas reservadas pelas instituições federais -média de 23,3 candidatos por vaga.

Na ampla concorrência, foram 11,75 candidatos/vaga.

O Sisu utiliza só a nota no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

O cálculo da relação candidato/vaga considerou que todos aqueles que se declararam beneficiários de cotas disputaram uma vaga nessa condição.

Isso porque, ao se inscrever no portal, o aluno pode indicar até dois cursos que deseja disputar e se identificar como cotista nos dois ou em apenas uma das opções.

Foram ofertadas 129.319 vagas em 101 instituições públicas. Desse total, quase 30% (37 mil) foram destinadas aos cotistas. Esse percentual supera o mínimo exigido no primeiro ano de vigor da lei.

Segundo a legislação, as universidades e institutos federais devem reservar em 2013 ao menos 12,5% de suas vagas para as cotas -a ideia é chegar a 50% em quatro anos.

"Tivemos um adicional decorrente dos programas de inclusão que as universidades já tinham", disse à Folha o ministro Aloizio Mercadante (Educação).

Do total de inscritos, 44% eram cotistas. O percentual contrasta com o tamanho da rede pública: no ano passado, 88% dos alunos concluintes do ensino médio estavam em escola pública.

No Sisu, o desempenho dos alunos cotistas ficou muito próximo do verificado entre os outros estudantes.

Para Priscila Cruz, da ONG Todos pela Educação, o ingresso dos cotistas depende ainda de uma mudança cultural. "Eles são fruto de gerações que não tiveram a ideia de pisar numa universidade."


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página