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Ibirapuera tem onda de furtos de bicicletas

No ano passado, parque na zona sul da capital registrou mais de 2 casos por mês; janeiro deste ano já alcançou média

Prefeitura afirma que número não é alarmante; bikes são levadas mesmo presas com correntes

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Procura-se a Caloi Mobilité nº 47, de uma série limitada de 50 bikes desenhadas pela cicloativista Renata Falzoni. Foi vista pela última vez há duas semanas, no Ibirapuera.

Também está desaparecida uma Caloi T-Type de cor preta, comprada há dez meses pelo arquiteto Rodrigo Carvalho Lopes de Souza, 32. Foi subtraída de seu dono há três semanas, no Ibirapuera.

Rodrigo e Ana Maria Souza Destito, 32, profissional da área de sustentabilidade e ex-dona da nº 47, são as mais recentes vítimas de uma onda de furtos de bicicletas no parque que é cartão-postal da cidade.

Neste mês, os dois passaram pela mesma situação.

Rodrigo amarrou sua magrela, de R$ 999, numa das 130 vagas para bicicletas do Ibirapuera, por volta das 12h15 do dia 9. Ana Maria passou o cadeado na sua bike, de R$ 1.599, por volta das 9h15 do dia 17. Os dois foram correr.

Depois de 15 minutos, Rodrigo topou com o bicicletário vazio. Ana Maria demorou 40 minutos até retornar e se surpreender com o furto.

O arquiteto informou o ocorrido à Guarda Civil, que lhe pediu o número do chassi, o que ele desconhecia. E ouviu de uma funcionária do parque que, no dia anterior, outra bike havia sido roubada por ali.

Após a reportagem questionar a prefeitura sobre o caso, ele recebeu um telefonema da Ouvidoria da GCM orientando-o a fazer um BO. Ana Maria ganhou da Guarda Civil uma folha de caderno para preenchê-la a lápis com os dados da bicicleta. Foi a uma delegacia, mas, como estava cheia, ficou de voltar depois.

Só em 2012, o caso deles se repetiu 31 vezes no parque, segundo a Secretaria Municipal de Segurança Urbana. Uma dessas vítimas foi um ex-namorado de Ana Maria.

De acordo com a secretaria, o número de ocorrências não é alarmante, se considerado o volume de frequentadores. O Ibirapuera, diz o órgão, conta com 140 guardas-civis, 11 câmeras de segurança e vigilância particular 24 horas.

"É muito importante que a população auxilie, denunciando através dos telefones 153 da GCM, 190 da PM e registrando boletim de ocorrência, que permitirá o mapeamento dos locais com maior vulnerabilidade", diz a pasta.

Ana Maria fez o BO na última quinta. O local de vulnerabilidade já se sabe: Ibirapuera.


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