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Pai afirma que filho não quer ser tratado como herói

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE PORTO ALEGRE

Depois de quatro dias de apreensão e angústia, a família do estudante de zootecnia Guilherme Ferreira da Luz, 25, conseguiu, enfim, relaxar um pouco após a tragédia.

O jovem deixou a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre anteontem.

Guilherme, gaúcho de Nonoai, ficou conhecido no último fim de semana, quando, com a camisa pendurada no pescoço e uma marreta na mão, tentava evitar mais mortes no incêndio que matou 235 jovens na boate Kiss, em Santa Maria (RS).

A imagem de Guilherme correu o mundo. Seu pai, Paulo da Luz, recebe cumprimentos pelo filho o tempo todo. Mas o garoto não quer ser tratado como herói.

"Ele não quer ferir os amigos que trabalharam com ele e os amigos que eles perderam", disse o pai, ontem, no saguão do hospital.

O jovem, que reuniu outros amigos para abrir um buraco na parede da boate, chegou a enfrentar os bombeiros para continuar no local.

"Não tem jeito de me tirarem daqui", disse à família, que acompanhava de Chapecó (SC) o desdobramento da tragédia em Santa Maria -ele havia telefonado aos parentes e contado sobre o incêndio ainda na madrugada da tragédia.

A fumaça intoxicou Guilherme, que foi internado no mesmo dia e, mais tarde, transferido para Porto Alegre.

Ontem, exames mostraram que os pulmões dele já estavam limpos.

No total, ainda há 87 pessoas em UTIs, sendo 29 em Santa Maria e 57 em Porto Alegre e região metropolitana. (daniel cassol)


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