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Aliados de vereadores terão cargos em subprefeituras

Haddad nomeou indicados como chefes de gabinetes, com salário de R$ 17,3 mil

Entre os beneficiados estão Aurélio Miguel (PR), José Américo (PT), Noemi Nonato (PSB) e Alfredinho (PT)

GIBA BERGAMIM JR. EVANDRO SPINELLI DE SÃO PAULO

O prefeito Fernando Haddad (PT) nomeou como chefes de gabinetes das subprefeituras pessoas indicadas por vereadores ou direções de partidos com mandato na Câmara. Com salário de R$ 17,3 mil, o cargo serve como assistente direto do subprefeito.

Quando assumiu a prefeitura, Haddad disse que colocaria como comandantes das administrações regionais só profissionais com perfil técnico. Por isso, nomeou engenheiros de carreira, por exemplo.

Entre os vereadores beneficiados estão Aurélio Miguel (PR), José Américo (PT), presidente da Câmara, Noemi Nonato (PSB) e Alfredinho (PT).

Para a oposição, os cargos de chefia de gabinete foram a forma de lotear as subprefeituras. "O prefeito começou mal. É um erro brutal esse loteamento da administração com indicações de parlamentares, um retrocesso", disse Gilberto Natalini (PV).

Ao menos cinco ex-chefes de gabinetes de vereadores em gestões passadas ganharam cargos. Marlon Sales da Silva, que pertencia ao gabinete de Noemi, assume a chefia no Itaim Paulista (zona leste).

Ex-chefe de gabinete de Américo, Januário Figueiredo de Almeida terá o cargo na Freguesia do Ó (zona norte).

Claudimar Moreira Dias, que trabalhou para Alfredinho, assume em Parelheiros (zona sul). Jorge do Carmo Silva, ex-chefe de gabinete do também petista Senival Moura, vai para Guaianases (leste).

Um aliado de Aurélio Miguel, investigado sob acusação de receber propina para concessão de alvará do shopping Pátio Paulista, também foi indicado. José Roberto Canassa, ex-diretor do São Paulo Futebol Clube e ex-vice-presidente da Federação Paulista de Judô (FPJ), assumirá no Butantã.

Para Américo, as nomeações fazem parte de um governo de coalizão. "O prefeito optou por nomear funcionários de carreira como subprefeitos e, no caso dos chefes, alguns têm relação política mais próxima, outros mais distante."

Alfredinho diz que não indicou seu ex-funcionário. "Não há loteamento. Todo governo tem uma base de apoio. Qual governo é diferente?"

A Folha procurou João Antônio, secretário municipal de Relações Governamentais, mas ele não foi localizado.


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