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Haddad inicia processo para reforma urbana nas duas margens do Tietê

Prefeito publicou edital para receber propostas para 1º trecho do Arco do Futuro, sua maior promessa

Projeto abrange área do Tatuapé a Pirituba, que equivale a 40 parques Ibirapuera; ideia é fazer parceria privada

EVANDRO SPINELLI DE SÃO PAULO

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), deu início ontem ao processo de elaboração do Arco do Futuro, um plano de reforma urbana ao longo de grandes vias que é a sua principal e mais ousada promessa de campanha.

A prefeitura publicou o edital para receber propostas de empresas para o que está sendo chamado de Arco Tietê, o trecho central do Arco do Futuro, que pretende revitalizar as duas margens do rio.

O Arco Tietê tem um total de 6.044 hectares, o equivalente à área de oito campi da USP iguais ao do Butantã ou a 40 parques Ibirapuera.

No ano passado, a prefeitura tentou contratar um projeto para revitalizar o trecho ao sul do Tietê, chamado de Operação Urbana Lapa-Brás.

A novidade agora é que o projeto vai prever a revitalização das duas margens do rio, desde a região do Tatuapé e Vila Maria até Pirituba.

Está prevista a construção de duas grandes avenidas paralelas à marginal. Uma ficará ao sul, onde hoje está a linha de trem -que será "enterrada", passando a circular em um túnel de 12 km entre o Brás e a Lapa. A outra, ao norte, no eixo do chamado "linhão da Eletropaulo".

Não se sabe quanto vai custar a revitalização de todo o trecho. Isso, o projeto terá de apontar, como também terá de dizer como será o financiamento de toda a operação.

PPP

A ideia é viabilizar o Arco Tietê nos moldes da PPP (parceria público-privada) implantada pela Prefeitura do Rio para o projeto Porto Maravilha, de revitalização da zona portuária da cidade.

Nesse modelo, a prefeitura lança títulos imobiliários que seriam comprados à vista por bancos e depois revendidos a construtoras interessadas em construir na região.

O dinheiro é investido em projetos sociais na região, como habitações populares.

A empresa que vencer a licitação implanta as obras públicas -como avenidas, parques, praças e piscinões-, faz a manutenção desses locais por um prazo determinado e é remunerada por isso.

O Porto Maravilha está sendo feito por um consórcio de empresas liderado pela Odebrecht. Em dezembro, antes da posse, Haddad esteve no Rio para conhecer o projeto, a convite da empresa.

No mês passado, diretores da empreiteira se reuniram com o prefeito e o secretário de Desenvolvimento Urbano, Fernando de Mello Franco.

Ontem, o presidente da empresa, Marcelo Odebrecht, foi recebido por Haddad e o secretário de Finanças e Desenvolvimento Econômico, Marcos Cruz, na prefeitura.


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