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Análise

Números sobre patrimônio de políticos podem ser distorcidos

CLAUDIO WEBER ABRAMO ESPECIAL PARA A FOLHA

O exame das declarações obrigatórias de bens feitas por candidatos à Justiça Eleitoral parece indicar que o nível econômico dos que disputam o cargo de vereador está se reduzindo no país.

Nas eleições de 2012, a soma patrimonial desses candidatos foi de R$ 42,3 bilhões, enquanto que, em 2008, havia sido de R$ 183,8 bilhões.

Corrigindo-se o último valor pela inflação (23% pelo IPCA), há um decréscimo de 81% entre as duas eleições.

Entre os vereadores eleitos, a redução patrimonial agregada foi de 73%.

Nas capitais, a queda nos patrimônios declarados foi de 9%, de R$ 3,2 bilhões (corrigidos) para R$ 2,9 bilhões.

Considerando-se apenas os vereadores eleitos nas capitais em 2008 e 2012 (não necessariamente reeleitos) houve acréscimo de 14%.Quanto aos que foram reeleitos em 2012, houve -surpresa- uma redução patrimonial de 25%.

O fenômeno não aconteceu de modo uniforme entre as capitais. Em algumas, os vereadores reeleitos enriqueceram e em outras declararam queda de patrimônio.

As três capitais cujos verea-dores reeleitos mais enriqueceram foram Salvador (122%), Teresina (82%) e Aracaju (64%). As com maior queda de patrimônio foram Campo Grande (72%), Boa Vista (70%) e Goiânia (30%).

Entre as principais capitais, os números são os seguintes: São Paulo, crescimento de 10%; Rio de Janeiro, queda de 14%; Belo Horizonte, acréscimo de 27%; Porto Alegre, queda de 3%.

Os dados relativos aos candidatos a prefeito são bastante diferentes: em âmbito nacional, a comparação entre todos os candidatos em 2008 e em 2012 resulta em um aumento de 10%. Entre os eleitos, houve aumento de 12%. E entre os reeleitos, de 13%.

Todos esses números são afetados pela possibilidade de as declarações prestadas pelos candidatos não serem verídicas -em uma pequena quantidade de casos, é possível mesmo provar que as declarações omitem bens.

Os dados foram extraídos do projeto Às Claras, da Transparência Brasil (www.asclaras.org.br), que utiliza informações do TSE.


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